Hiperactividade e défice de atenção. Causas, consequências e soluções.
Sou o Vasco. Tenho 7 anos. Gosto de jogar à bola. Gosto da minha família. Muitas vezes fico de castigo, porque me porto mal. Na escola, tudo leva muito tempo. É difícil ficar quieto. Queria não fazer tantas asneiras. Mas não é fácil. Eu queria, juro. Mas a minha cabeça anda sempre a mil à hora e o meu corpo vai atrás.
O Vasco é assim. Mas também o Manuel, o Diogo, a Inês e a Catarina. Há milhares de crianças e adolescentes portugueses com Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção (PHDA). É um nome comprido para uma perturbação complexa, que tendemos a banalizar chamando-lhe ?hiperactividade?. O rótulo não é justo. Nem é justo olharmos para essas crianças, vê-las em roda livre e rotulá-las grosseiramente: mal-educadas. Não são. Têm pais que genuinamente se preocupam, que se interrogam, que não sabem mais o que fazer (ou nem sequer sabem que o filho tem PHDA). É a eles, e aos professores, que se destina este livro. Porque se criaram muitos mitos em torno da perturbação e é preciso desmistificá-los um a um. Neste livro, vamos conhecer o que a ciência nos diz sobre este distúrbio, perceber os sintomas e como se faz o diagnóstico, falar da medicação, do acompanhamento, discutir o que se pode fazer em casa e na escola. Vamos olhar para a PHDA de diferentes ângulos, porque é uma perturbação que exige esse olhar multifocal.Nuno Lobo Antunes coordenou a Unidade de Neuro-pediatria do Hospital de Santa Maria. Trabalhou dez anos em Nova Iorque e foi professor auxiliar de Neurologia e Pediatria na Universidade de Cornell. Foi director Clínico do CADIn e fundou o PIN, um centro para as perturbações do desenvolvimento. As suas experiências clínicas estão reflectidas no seu livro Sinto Muito. Seguiram-se Mal Entendidos e Vida em Mim. Escreveu ainda o romance Em Nome do Pai.Ana Rodrigues formou-se em Educação Especial, doutorou-se em Motricidade Humana e tem formação específica em PHDA (Universidade de Harvard, 2001). Foi a investigadora responsável pelo projecto. Percepções e Atitudes dos Professores Face à PHDA, ao serviço da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Exerce prática clínica na área da intervenção psico-motora desde 1990, e coordenou a actual equipa do PIN entre 2004 e 2012.
Sou o Vasco. Tenho 7 anos. Gosto de jogar à bola. Gosto da minha família. Muitas vezes fico de castigo, porque me porto mal. Na escola, tudo leva muito tempo. É difícil ficar quieto. Queria não fazer tantas asneiras. Mas não é fácil. Eu queria, juro. Mas a minha cabeça anda sempre a mil à hora e o meu corpo vai atrás.
O Vasco é assim. Mas também o Manuel, o Diogo, a Inês e a Catarina. Há milhares de crianças e adolescentes portugueses com Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção (PHDA). É um nome comprido para uma perturbação complexa, que tendemos a banalizar chamando-lhe ?hiperactividade?. O rótulo não é justo. Nem é justo olharmos para essas crianças, vê-las em roda livre e rotulá-las grosseiramente: mal-educadas. Não são. Têm pais que genuinamente se preocupam, que se interrogam, que não sabem mais o que fazer (ou nem sequer sabem que o filho tem PHDA). É a eles, e aos professores, que se destina este livro. Porque se criaram muitos mitos em torno da perturbação e é preciso desmistificá-los um a um. Neste livro, vamos conhecer o que a ciência nos diz sobre este distúrbio, perceber os sintomas e como se faz o diagnóstico, falar da medicação, do acompanhamento, discutir o que se pode fazer em casa e na escola. Vamos olhar para a PHDA de diferentes ângulos, porque é uma perturbação que exige esse olhar multifocal.Nuno Lobo Antunes coordenou a Unidade de Neuro-pediatria do Hospital de Santa Maria. Trabalhou dez anos em Nova Iorque e foi professor auxiliar de Neurologia e Pediatria na Universidade de Cornell. Foi director Clínico do CADIn e fundou o PIN, um centro para as perturbações do desenvolvimento. As suas experiências clínicas estão reflectidas no seu livro Sinto Muito. Seguiram-se Mal Entendidos e Vida em Mim. Escreveu ainda o romance Em Nome do Pai.Ana Rodrigues formou-se em Educação Especial, doutorou-se em Motricidade Humana e tem formação específica em PHDA (Universidade de Harvard, 2001). Foi a investigadora responsável pelo projecto. Percepções e Atitudes dos Professores Face à PHDA, ao serviço da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Exerce prática clínica na área da intervenção psico-motora desde 1990, e coordenou a actual equipa do PIN entre 2004 e 2012.