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    Marina: a vida por uma causa

    Por Marilia De Camargo Cesar e Prefácio de Fernando Meirelles
    Existem 9 citações disponíveis para Marina: a vida por uma causa

    Sobre

    Enquanto as forças políticas que tocam o Brasil vivem às turras numa discussão estéril sobre quem está mais à direita ou à esquerda ou quem é responsável por isso ou aquilo, e ainda pensam o país com os valores e olhos do passado, focados em crescimento e expansão, como se isso ainda fosse sempre razoável e desejável, Marina está voltada para o amanhã. Vê a possibilidade de outro futuro, não só para o Brasil, mas para o mundo todo. Sabe que precisamos começar hoje a mudar alguns paradigmas de nossa vida, se queremos deixar algum planeta para nossos descendentes. Ao compreender como poucos líderes a importância dessa guinada em nossa civilização, Marina mostra-se alinhada com o pensamento científico de ponta e representa o que de mais novo existe hoje no Brasil. - Fernando Meirelles, cineasta. Marina Silva tem reconhecimento internacional por seu engajamento em favor do desenvolvimento sustentável e da preservação da natureza. Nascida em um seringal, no Acre, teve infância e adolescência difíceis, de muitas privações e grandes aprendizados, fatores que ajudaram a formar sua consciência crítica e a ensinaram a olhar para o próximo. Foi alfabetizada aos 16 anos e não muito tempo depois ingressava na universidade. A militância política veio como conseqüência da bagagem adquirida com os estudos e de tudo o que viu e viveu enquanto estava no seringal. A saúde frágil a levou a ter sua sentença de morte decretada pelos médicos mais de uma vez. Conheça a vida, o pensamento e a fé desta mulher, relatados por Marília de Camargo César em Marina, uma grande reportagem repleta de citações, personagens e histórias reais marcantes na trajetória de Marina Silva.
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    Citações de Marina: a vida por uma causa

    Os ensinos de dom Moacyr foram fundamentais para a formação política de Marina Silva. Pode-se afirmar que sua desistência da vida monástica deveu-se à influência do arcebispo, primeiramente, e mais tarde a Chico Mendes e aos profetas da Teologia da Libertação, em especial Leonardo Boff e seu irmão, Clodovis.

    Minha geração ajudou a redemocratizar o país porque tínhamos mantenedores de utopia. Gente como Chico Mendes,

    O único irmão chama-se Antônio Arleir. É motorista de ônibus em Rio Branco.

    Hoje, na colônia onde mora Deuzimar, a paisagem é diferente, e a monocultura ficou para trás. O cultivo é de pimenta-cheirosa, melancia, hortaliças, culturas menos cruéis para quem delas vive. Deuzimar vende melancias, bananas e pimenta pelas ruas de Rio Branco. Ao lado do marido, direto de uma caminhonete, trabalha duro. Ela diz que consegue ganhar, em média, quinhentos reais por semana, embora em alguns meses essa cifra aumente. “De repente, o quilo da pimenta tá de cinco reais e, de repente, tá de um”. Muita gente comenta com ela: — Mas você não é a irmã da senadora? — Sim, sou — ela responde. — Mas vendendo melancia? — E qual é o problema? — retruca. “Não é um trabalho honesto? Não é melhor vender melancia do que roubar? Num tô fazendo nada de mais. Outros vêm querendo desfazer da gente. Eu sinto pena deles, pela ‘ingnorância’ deles. Cada pessoa deve cumprir sua missão, a dela é a dela, a minha é a minha. Porque ela é senadora e ministra eu vou ter que ser também? Num tem nada a ver. Cada um faz aquilo que é ou que quer ser ou o que aprendeu ou o que a chance lhe deu.” Vontade de ir à escola ela bem que tem, mas acha que seu tempo passou.

    Descobrir que ser cristão era poder interferir social e politicamente para melhorar a qualidade de vida dos pobres e dos excluídos foi uma grande revelação para Marina.

    Chesterton diz que não existe problema em punir o erro, o erro é quando não amamos a quem punimos.

    Uma dessas lendas era a do caboclinho da floresta, uma entidade mitológica que chicoteava com um cipó de fogo na ponta todo aquele que caçasse um animal sem antes terminar de comer o outro. As pessoas temiam apanhar do caboclinho e não transgrediam aquele código de sustentabilidade da mata — implantado, sem exigências legais ou ambientais, uns duzentos anos antes. Quem extrapolasse ficava panema, com azar. Demorava para conseguir caça. Se matasse bicho prenhe ou animal amamentando, então, levava mais chicotada.

    Quem não tiver essa dúvida sobre a própria capacidade de implementar planos será muito arrogante. Juscelino tinha dúvidas se conseguiria construir Brasília, assim como Lula e FHC tinham dúvidas se conseguiriam implementar as reformas econômicas e os avanços sociais. Ninguém chega a um governo com uma equipe, um plano pronto para ser executado, ainda mais quando são necessárias mudanças profundas em como se pensa política e governo; quando se busca nova transparência e sentido de servir no exercício do poder. As circunstâncias políticas é que formam um governo capaz de levar a cabo um bom programa, uma boa proposta. Visão sólida e liderança, capacidade de montar um grupo, de dialogar e mediar democraticamente os interesses da sociedade é que conferem as condições de fazer um bom governo. Tenho certeza de que isso a Marina tem de sobra.

    A transparência no anúncio das informações sobre o aumento da devastação desagradara o Planalto. Marina foi advertida por Lula pela divulgação dos dados: em um almoço no Itamaraty, o presidente, sempre pródigo em metáforas, definiu as estimativas feitas pelo INPE como um “tumorzinho” que, antes do diagnóstico, já fora tratado como câncer, pois os cálculos se baseavam apenas em parte das imagens captadas da floresta.

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