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MATEUS (caminhando em roda da casa; e Mateusa assentada em uma cadeira) ? Que
estão fazendo as meninas, que ainda as não vi hoje?!
MATEUSA (balançando-se) ? E o Sr. Que se importa, Sr. Velho Mateus, com as suas
filhas?
MATEUS (voltando-se para esta) ? Ora é boa esta! A Sra. Sempre foi, é, e será uma
( atirando com a perna) ? não só impertinente, como atrevida!
MATEUSA ? Ora, veja lá, Sr. Torto (levantando-se), se estamos no tempo em que o Sr. A seu belo prazer me insultava! Agora eu tenho filhos que me hão de vingar
MATEUS (abraçando-a) ? Não; não, minha querida Mateusa; tu bem sabes que isso não
passa de impertinências dos 80. Tem paciência. Vai me aturando, que te hei de deixar minha universal herdeira ( atirando com uma perna) do reumatismo que o demo do teu Avô torto meteu-me nesta perna! (atirando com um braço) das inchações que todas as primaveras arrebentam nestes braços! (abrindo a camisa) das chagas que tua mãe com seus lábios de vênus imprimiu-me neste peito! E finalmente (arrancando a cabeleira): da calvície que tu me pegaste, arrancando-me ora os cabelos brancos, ora os pretos, conforme as mulheres com quem eu falava! Se elas (virando-se para o público) os tinham pretos, assim que a sujeitinha podia, arrancava-me os brancos, sob o frívolo pretexto de que me namoravam! Se elas os tinham brancos, fazia-me o mesmo, sob ainda o frivolíssimo pretexto de que eu as namorava (batendo com as mãos, e caminhando). E assim é; e assim é, - que calvo! calvo, calvo, calvo, calvo, calvo (algum tanto cantando) calvô... calvô... calvô... ô...ô...ô!...(...)"
MATEUS (caminhando em roda da casa; e Mateusa assentada em uma cadeira) ? Que
estão fazendo as meninas, que ainda as não vi hoje?!
MATEUSA (balançando-se) ? E o Sr. Que se importa, Sr. Velho Mateus, com as suas
filhas?
MATEUS (voltando-se para esta) ? Ora é boa esta! A Sra. Sempre foi, é, e será uma
( atirando com a perna) ? não só impertinente, como atrevida!
MATEUSA ? Ora, veja lá, Sr. Torto (levantando-se), se estamos no tempo em que o Sr. A seu belo prazer me insultava! Agora eu tenho filhos que me hão de vingar
MATEUS (abraçando-a) ? Não; não, minha querida Mateusa; tu bem sabes que isso não
passa de impertinências dos 80. Tem paciência. Vai me aturando, que te hei de deixar minha universal herdeira ( atirando com uma perna) do reumatismo que o demo do teu Avô torto meteu-me nesta perna! (atirando com um braço) das inchações que todas as primaveras arrebentam nestes braços! (abrindo a camisa) das chagas que tua mãe com seus lábios de vênus imprimiu-me neste peito! E finalmente (arrancando a cabeleira): da calvície que tu me pegaste, arrancando-me ora os cabelos brancos, ora os pretos, conforme as mulheres com quem eu falava! Se elas (virando-se para o público) os tinham pretos, assim que a sujeitinha podia, arrancava-me os brancos, sob o frívolo pretexto de que me namoravam! Se elas os tinham brancos, fazia-me o mesmo, sob ainda o frivolíssimo pretexto de que eu as namorava (batendo com as mãos, e caminhando). E assim é; e assim é, - que calvo! calvo, calvo, calvo, calvo, calvo (algum tanto cantando) calvô... calvô... calvô... ô...ô...ô!...(...)"