“Se não houvesse espectadores, não existiriam artistas […] A pintura é um modo de comunicação, uma linguagem. Um artista é um exibicionista. Quando não há público, o exibicionista sai de fininho, com as mãos nos bolsos […] O artista é um ator: o homenzinho de voz sedutora que precisa contar histórias”.
“A exatidão não é a verdade”, costumava dizer Matisse, citando Delacroix.
“Achava que jamais seria capaz de pintar pois não pintava como os outros. Mas aí vi os Goyas em Lille. Foi então que entendi que a pintura podia ser uma linguagem; e só aí vislumbrei a possibilidade de me tornar pintor.”
“Nunca se esqueçam de uma coisa: a cor precisa ser pensada, precisa passar pela imaginação […] A pintura que vai durar é aquela que foi cogitada, sonhada, refletida, elaborada a partir do espírito, e não só da facilidade da mão em pintar os realces luminosos com a ponta do pincel”.
“Sempre trabalhei como um bruto embriagado tentando arrombar a porta”,
Shchukin encarava as obras de arte com a mesma atitude que outros homens tinham diante das mulheres, avaliando o risco e o desafio da conquista, sentindo o excitamento da perseguição e o fascínio do desconhecido. Seu relacionamento com a obra de um artista passava por diversas etapas: interesse especulativo, absorção crescente, satisfação eventual à medida que cada quadro desvelava seus segredos, deixando-o então livre para seguir adiante. Naquela
Todavia, meticulosidade, exatidão e imparcialidade não asseguram nada além de um ponto de partida para uma biografia. “A exatidão não é a verdade”, costumava dizer Matisse, citando Delacroix. O
Picasso pintava a violência e a devastação. Matisse buscava na arte a serenidade e a estabilidade que a vida não podia dar. Mas
