Max Weber: Uma introdução
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Na opinião de Weber, já se tornara claro que cada época – talvez mesmo cada geração ou década – proclama suas próprias “ideias de valor culturalmente significativas”.
A tentativa de encontrar uma força explicativa única – seja um Deus monoteísta, sejam as “leis de mercado” de Adam Smith, seja a “luta de classes” de Karl Marx – como “motor da história” era anátema para Max Weber.
Sua sociologia formalizou um novo posicionamento para a espécie humana, em firme oposição à ideia de que a história possuía algum sentido independente: as pessoas agora existiam como autoras inequívocas de seus destinos e como centro e causa de suas atividades.
Uma ação é “social” quando seu sentido subjetivo leva em consideração a conduta de outros e por ela orienta seu curso.
Essa monumental mudança de enfoque para uma sociologia radicalmente empírica baseada no sentido subjetivo deve ser entendida como basilar para toda a sociologia de Max Weber.
A tentativa de encontrar uma força explicativa única – seja um Deus monoteísta, sejam as “leis de mercado” de Adam Smith, seja a “luta de classes” de Karl Marx – como “motor da história” era anátema para Max Weber. Ele sempre considerou essas forças todo-poderosas como resquícios de visões de mundo ultrapassadas, caracterizadas por ideias religiosas e quase-religiosas.
De que maneira pessoas que vivem sob diferentes estruturas civilizacionais conferem sentido a suas vidas?
Weber estava convencido de que, para que o espírito do capitalismo tivesse impacto no desenvolvimento do capitalismo moderno, várias configurações políticas, econômicas, jurídicas e sociais teriam de consolidar-se num contexto propício.
estamentos – e não só as classes sociais, como em Marx – constituem uma base independente para a estratificação social. Visto através de lentes histórico-comparativas, o modo dominante de estratificação varia entre as civilizações e as épocas.
Assim, embora a Ética protestante demonstre que os valores influem de várias maneiras no jogo dos interesses econômicos e formam o “conteúdo” das estruturas sociais, Weber reconheceu que seria necessário realizar uma série de pesquisas de amplo enfoque multicausal e comparativo para a compreensão cabal das origens do capitalismo moderno.
Esses tipos ideais – estamentos e tipos de dominação – elaborados em Economia e sociedade, junto com tantos outros que poderiam ser discutidos aqui, colocam Weber em oposição direta a Marx: os interesses materiais não são o único motor da mudança ou da desigualdade.
Como tipos ideais, os estamentos podem ser tomados como parâmetros de “medida” para o estudo de determinado caso empírico. Sua singularidade estaria justamente nisso. Sem o auxílio dessas construções, disse Weber, não é possível conduzir os “experimentos mentais”
ao localizar o sentido subjetivo com o auxílio de numerosos tipos ideais e domínios sociais, Economia e sociedade facilita a compreensão de como valores, interesses, emoções e tradições em muitos contextos empíricos proporcionam sentido às pessoas e, por conseguinte, formulam o fundamento para grupos sociais.
A sociologia de Weber argumenta repetidas vezes que uma variedade de forças causais atuam na história e que a mudança social ocorre de maneira complexa e não linear
Dominação, para Weber, não é um “fato social”, uma expressão de leis “naturais” ou a inevitável culminação de forças evolutivas históricas, mas tão somente a probabilidade de que um grupo determinável de indivíduos (em consequência de vários motivos) oriente sua ação social a emitir ordens, somada à probabilidade de que outro grupo, também determinável, oriente sua ação social para a obediência (em consequência de vários motivos), e que as ordens sejam de fato cumpridas em um nível sociologicamente relevante.