We love eBooks

    Melhores contos de lima barreto, os

    Por BARRETO, LIMA

    Sobre

    Lima Barreto morreu em novembro de 1922, em sua casa suburbana de Todos os Santos, no Rio de Janeiro, lendo a Revue des Deux Mondes. Tinha 41 anos e deixava a obra de ficção mais importante da literatura brasileira, depois de Machado de Assis. A sua morte, alguns meses depois da Semana de Arte Moderna, tem alguma coisa de simbólica. É como uma espécie de retirada de cena de um Brasil arcaico, preso a valores em acelerado processo de erosão, diante do fulgor de um novo mundo que ansiava por se manifestar, por bem ou à força. Alguma coisa desse mundo em gestação já estava presente na obra de Lima Barreto- a simpatia pelos marginalizados, a revolta contra os preconceitos, a ânsia de demolição social que fez dele um precursor da própria Semana. No prefácio aos Melhores Contos Lima Barreto, Francisco de Assis Barbosa lembra a analogia es elecida por Otto Maria Carpeaux entre Lima e os escritores norte-americanos da década de 1910, iniciadores de uma literatura de protesto chamada à época de remoção do lixo. Afinidades à parte, o ensaísta observa que nenhum dos escritores norte-americanos citados - Upton Sinclair e Jack London -, tinham o humor corrosivo do brasileiro e nem criaram uma obra tão humana como o Triste Fim de Policarpo Quaresma. Sensibilidade humana, humor corrosivo, e uma mal disfarçada ternura pelos humildes, os vencidos da vida, atirados nos subúrbios (o subúrbio é o refúgio dos infelizes, escreveu) assinalam também os contos de Lima. É neles que se realça ainda mais o espírito de revolta do escritor, assim como a sua permanente inveja dos ricos, sentimentos que se acham presentes em muitas de suas melhores histórias curtas (O Homem que Sabia Javanês, A Biblioteca, Cló, A Nova Califórnia, Clara dos Anjos), obras-primas da literatura brasileira e universal.
    Baixar eBook Link atualizado em 2017
    Talvez você seja redirecionado para outro site

    Relacionados com esse eBook

    Navegar por coleções