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    Middlesex

    Por Jeffrey Eugenides
    Existem 7 citações disponíveis para Middlesex

    Sobre

    Narrado por uma personagem hermafrodita, o segundo romance de Jeffrey Eugenides, autor de As virgens suicidas, é um épico intergeracional e intersexual. Vencedor do Pulitzer em 2003, Middlesex está a cada dia mais atual.


    ?Nasci duas vezes: primeiro como uma bebezinha, em janeiro de 1960, num dia notável pela ausência de poluição no ar de Detroit; e de novo como um menino adolescente, numa sala de emergências nas proximidades de Petoskey, Michigan, em agosto de 1974.? Ironicamente, Calíope Stephanides está morando em Berlim, cidade que por décadas se viu dividida, quando começa a relembrar sua própria história, marcada pelo desvio e pela busca de unidade.

    Sua narrativa percorre então três gerações da família greco-americana Stephanides, tendo como ponto de partida o começo do século XX, quando seus avós deixam um vilarejo nas encostas do Monte Olimpo para se instalar em Detroit, nos Estados Unidos. Em plena Lei Seca, a ?Cidade dos Motores? experimenta seus dias de glória, até que eclodem os protestos da população negra, em julho de 1967, que obrigam a família a se mudar para Michigan. Nesta altura, Callie é uma menina de doze anos.

    Para entender o que a tornou tão diferente das outras meninas, Calíope precisa investigar segredos de família e a espantosa história de uma mutação genética que atravessa as décadas e a transformará em Cal, um dos mais audaciosos narradores da ficção contemporânea. Sofisticado, recheado de referências literárias, e ao mesmo tempo envolvente, Middlesex é uma reinvenção do épico americano, que alia as tradicionais sagas familiares à mais virtuosa narrativa pós-moderna.

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    Citações de Middlesex

    (Mas o que os humanos esquecem, as células lembram. O corpo, esse elefante…)

    Gostaria de mostrar a ligação que há entre “as emanações de mortalidade trazidas pelo envelhecimento de familiares” e “o ódio a espelhos que começa na meia-idade”.

    Ainda não tinha idade suficiente para perceber que viver conduz a gente não ao futuro, mas ao passado, à infância e a antes do nascimento até, enfim, a comunhão com os mortos. A gente envelhece, sobe as escadas ofegante, entra no corpo do pai. Dali, é só um pulinho até os avós, e então, antes que se dê conta, está viajando no tempo. Avançamos para trás nesta vida. São sempre os turistas de cabelos grisalhos em ônibus italianos que têm algo a nos dizer sobre os etruscos.

    Nós, gregos, nos casamos em círculos, para imprimir sobre nós mesmos alguns fatos essenciais do matrimônio: que para ser feliz é preciso encontrar variedade na repetição; que para seguir adiante é preciso voltar ao começo.

    Emoções, pela minha experiência, não cabem numa única palavra. Não acredito em “tristeza”, “alegria” ou “remorso”. Talvez a maior prova de que a língua é patriarcal seja o fato de que simplifica abusivamente os sentimentos. Gostaria de ter à minha disposição palavras-comboio, tipo as do alemão, para emoções complicadas e híbridas, como, digamos, “a felicidade que vem com a tragédia”. Ou: “a decepção de ir para a cama com uma fantasia”.

    Nasci duas vezes: primeiro como uma bebezinha, em janeiro de 1960, num dia notável pela ausência de poluição no ar de Detroit; e de novo como um menino adolescente, numa sala de emergências nas proximidades de Petoskey, Michigan, em agosto de 1974.

    Escrever minha história não é o ato corajoso e libertador que eu esperava que fosse. Escrever é solitário e furtivo, e sei tudo sobre essas coisas. Sou expert em vida clandestina.

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