Mil e um orgasmos é uma novela que retrata os delírios de um homem com a realidade virtual. Um homem que é consumido por relacionamentos virtuais a ponto de deixar a sua realidade em segundo plano. No primeiro momento, o livro leva a pensar que se trata de uma narrativa escatológica e pornográfica, ou mesmo, uma narrativa de péssima qualidade. Portando, é preciso ler com a mente aberta em relação ao que seja uma boa literatura ou má literatura, e então, entender, que o mundo virtual, do personagem central, é construído sobre o efeito do adoecimento mental, e desta forma, aproveitar, através de uma leitura criativa, os detalhes que compõem esta narrativa. Trecho de Mil e um Orgasmos: “O fato da palavra orgasmo ter uma origem grega pode explicar muito mais do que eu possa imaginar; fica claro, que os gregos vislumbravam no homem viril, um ideal orgástico, já que a palavra orgasmo está associada ao termo grego: orghé, que pode significar um estado de revolução. O prazer, talvez seja uma invenção grega, e se não for uma invenção grega fora teorizado pelos gregos como um estado que conduz à essência masculina. E o orgasmo como uma substância masculina, na mulher, o orgasmo teria o sentido que ao atingí-lo a mulher entra em contado, através de um estado de excitação, de força e exuberância, com a sua natureza masculina. Entra num estado de revolução. Mas no fundo da minha alma, eu acho que o orgasmo tem um sentido godotniano: sempre estamos à espera ”. O autor trabalha com chichês e com o tema da vulgarização, de modo lúcido, sincero e sem medo dos rótulos.
MIL E UM ORGASMOS
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