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    MITOLOGIA E ESPIRITISMO – Uma Visão Espírita sobre o Passado

    Por João Fernandes da Silva Júnior

    Sobre

    A mitologia foi a forma como os antigos seres humanos conseguiam ?explicar? os fatos que vivenciaram e aqueles que não puderam ver, mas que foram realizados em algum momento. Não existia conhecimento científico suficiente para que houvesse maior entendimento acerca dos fenômenos da Natureza, e a mitologia cumpriu satisfatoriamente para as sociedades primitivas o papel de agente explicador de determinadas situações.

    É certo que ao longo dos séculos, os seres humanos buscam o conhecimento, alargando paulatinamente o seu saber acerca dos acontecimentos.

    A visão antes limitada dos filósofos e pensadores foi sendo desenvolvida, e a mitologia passou a ser entendida como uma tentativa de esclarecer sobre eventos tidos como ?sobrenaturais?. Porque no passado ela exerceu forte influência sobre o pensamento humano, era tida como uma explicação natural das coisas ocultas da Natureza, por isso o antigo adágio grego dizia: Physis kripthesthai philei (a Natureza gosta de se ocultar).

    O ?edifício? do conhecimento humano foi sendo pouco a pouco construído e reformulado desde épocas muito anteriores a Platão (428-348 a. C.).
    A mitologia era assim uma necessidade que o ser humano tinha em reconhecer a existências de ?forças? superiores à ele. Como ele se via impotente diante de eventos fora de suas capacidades naturais, a explicação ?mais lógica? era a existência de deuses e divindades responsáveis por cada acontecimento na Terra e no espaço. Os homens dos primeiros tempos ? ao contrário dos atuais ? eram teístas. Atualmente a Ciência, de uma maneira geral, exerce um papel ? obviamente comandado pela ação humana ? muito forte no pensamento da sociedade. E tudo aquilo que não pode ser mensurado, analisado, pesado e medido entra no rol das coisas com as quais a Ciência não deve se preocupar. Deus entra diretamente aqui nesta questão.

    Embora a Ciência não possa de forma nenhuma ser
    condenada pelo pensamento materialista reinante na mente dos pesquisadores ? já que ela nasceu visando uma busca de conhecimento e de aprofundamento da verdade ? é ela permeada por uma forte persuasão, a qual faz com que aceitemos as explicações fornecidas pelos cientistas sem nem mesmo questioná-las. E aqueles que entram em debates infindáveis buscando o conhecimento das causas primeiras de nosso Universo e da própria vida humana sobre o planeta Terra, são invariavelmente movidos por um medo generalizado de pronunciar o nome de Deus. Parece-nos que a simples articulação desse nome é um indício da mais profunda ignorância do ser, fato incompatível com o saber acadêmico segundo muitos ainda pensam... Parece ser absurdo que o homem acredite que exista algo acima ? e muito ? dele... Mas a questão é que a própria Ciência trabalha com fatores e elementos que não são de origem humana. A Ciência é uma tentativa humana de compreender o Divino. A epistemologia atual diante do fato, obviamente incontestável, de que o Universo é regido por leis que não podem ser provenientes de algo material (em razão de tais leis terem a evidente característica de serem eternas) e perecível, e por mais tortuoso que seja o caminho, é lógico e racional que aceitemos a presença de uma Inteligência Imaterial regendo os princípios de funcionamento cósmico. Não há como se entender esse processo sem levar em conta a característica de perenidade do autor das leis funcionais do Universo. Caso não fosse perene o autor, a lei poderia deixar de ter efeito em um momento qualquer, por falta do Direcionamento Maior dado a ela. Até porque as leis são diferentes de acordo com as condições do sistema planetário, dos planetas, etc. E toda essa multiplicidade não pode ser resultante de uma ação fortuita...

    No passado a mitologia era aceita como uma explicação plausível para tudo aquilo que não era uma obra proveniente da ação humana. A arquitetura cósmica era explicada por meio da mitologia e das deidades e a população em geral aceitava essas explicações como a representação de verdades. Todavia,
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