O comissário Guido Brunetti, da polícia de Veneza, tem estado um pouco estranho ultimamente, enojado com a infiltração generalizada de criminosos na sociedade italiana; mesmo assim segue investigando seus casos e tentando criar os filhos da melhor forma possível. E a vítima da vez é Carlo Trevisan, eminente advogado local, com clientes entre os ricos e poderosos.
O que a investigação revela, entretanto, é uma rede de corrupção complexa e perigosa, cujas raízes se estendem para além do que o comissário havia imaginado. Como os canais de Veneza, cenário da trama, que escondem uma teia de conexões ocultas e freqüentemente malcheirosas, as relações entre os mortos - plural, porque rapidamente aparecem mais cadáveres - apontam para um imbróglio de violência, crimes e crueldade muito mais amplo e aterrador do que o assassinato inicial podia indicar.
Se, mesmo embotado pelos escândalos do governo, Brunetti se mantinha um policial dedicado, quando o horror que investiga atinge sua própria família, ele toma como questão pessoal esclarecer o crime.