I. UM BERÆO BORRIFADO DE SANGUE. Convçm, primeiro, saber quem ç este cavalheiro, que salta garbosamente d'uma carruagem com uma dama vestida de branco, defronte do theatro de S. Carlos, em Lisboa, em uma noite de fevereiro de 1838. Por náo apurar impaciencias, diga-se tudo jß. Este cavalheiro ç Luiz da Cunha e Faro. Aquella dama ç” Nem tanta bondade! Náo se pðde dizer, por ora, quem ç a dama. Se o leitor ç esperto, como supponho, ha de adivinhal-a logo, e, de certo, fica muito contente da sua penetraåáo. Luiz da Cunha e Faro tem vinte e cinco annos. È um homem feio, segundo a opiniáo masculina, que se acha em harmonia com a sua. Náo era esta, porçm, a opiniáo das mulheres. Algumas que por capricho, em publico, o desdenhavam como feio, desmentiam-se em particular” Náo digo que fossem todas; mas tambem náo ç preciso o suffragio de todas para a reputaåáo d'um homem feio. A que chamam v. ex.as feio? Feio ç o demonio, dizia minha avð. Sáo e escorreito ç o essencial’dizem as velhas, quando as illusòes da formosura náo tem nada a fazer com ellas, nem, por isso mesmo, ellas teem direito a optar entre o feio e o bonito
Newton: Poema
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