Há tempos queria realizar algum projeto com quadrinhos – sempre fui fascinado por desenhos e animação. Então surgiu a ideia de fazer algum texto infantil com ilustrações minhas, mas achei meu trabalho nesta área muito incipiente. Então, durante os estudos na Faculdade de Letras, comecei a usar as ilustrações de Esaul Furtado, para as projeções nos trabalhos e seminários de literatura, do qual eu exigia pequenas ilustrações para meus contos. Desde então, fiquei fascinado pelo trabalho dele. Isto foi lá pelos idos tempos de 2001. Hoje o trabalho do Esaul se profissionalizou, bem como o meu. E destas maturações surgiu um projeto em conjunto para confeccionar – soa como um trabalho manual e artesanal – um livro de ilustrações; de juntar nossos dois ofícios.
O nome do livro tem um título esdrúxulo, mas é apenas um capricho para encher a página da capa. Brincadeira! Tem a ver com tantas referências que acabou formando um complexo significado, mas que pode ser claramente percebido com a leitura do livro.
Tudo começa com uma folha em branco, tanto para o ilustrador quanto para o escritor. Daí já temos uma possível explicação para a primeira parte do livro. A segunda parte tem a ver com uma citação que li sobre o trabalho de Thomas Mann e sua suposta e perquirida homossexualidade (leitura que fiz do livro Tempos Sombrios de Colm Toibin). Alguns diziam que Mann nunca experimentara sua homossexualidade, mas apenas uma homofilia, um desejo recôndito e recluso. Mas liberado pela verve da Literatura em sua obra mais conhecida: MORTE EM VENEZA. A relação platônica de pura admiração do o escritor Gustav Aschenbach pelo jovem belo chamado Tadzio. Mas esta segunda parte do título não tinha (tem) a ver muito com a história em si, mas com escritores e pensadores que se perfilavam neste protótipo de filosofia não-procriativa. Li em outras passagens, em livros sobre a suposta homossexualidade de Mann. O livro no qual Carlos Haag tira uma citação do livro “Thomas Mann: Eros and Literature”, de Anthony Heilbut: “Ninguém antes de Mann conseguiu capturar a necessidade gay de justificar-se. ‘Morte em Veneza’ é um guia ‘Baedecker’ para o amor homossexual, visto como uma paixão assimétrica, ligando os sábios feios aos belos bobos. Pronto, temos a explicação completa.”
Comecei a escrever este livro, para que parecesse um diário de bordo de minha viagem à Europa, eis que "Um diário de bordo perde seu propósito original." E qual seria este novo propósito? Foi uma necessidade de entender o porquê de meu primeiro livro: Adeus a Aleto. Por que escolhi as paisagens, até então imaginativas, de uma Europa não visitada, apenas conhecida pelas minhas leituras e divagações. E também pela personagem principal desta história, Nikhov, que provocou reverberações em minha escrita até hoje. A tentativa foi de criar um Entendendo Adeus a Aleto, mas que não exigisse a leitura previa dele.
O nome do livro tem um título esdrúxulo, mas é apenas um capricho para encher a página da capa. Brincadeira! Tem a ver com tantas referências que acabou formando um complexo significado, mas que pode ser claramente percebido com a leitura do livro.
Tudo começa com uma folha em branco, tanto para o ilustrador quanto para o escritor. Daí já temos uma possível explicação para a primeira parte do livro. A segunda parte tem a ver com uma citação que li sobre o trabalho de Thomas Mann e sua suposta e perquirida homossexualidade (leitura que fiz do livro Tempos Sombrios de Colm Toibin). Alguns diziam que Mann nunca experimentara sua homossexualidade, mas apenas uma homofilia, um desejo recôndito e recluso. Mas liberado pela verve da Literatura em sua obra mais conhecida: MORTE EM VENEZA. A relação platônica de pura admiração do o escritor Gustav Aschenbach pelo jovem belo chamado Tadzio. Mas esta segunda parte do título não tinha (tem) a ver muito com a história em si, mas com escritores e pensadores que se perfilavam neste protótipo de filosofia não-procriativa. Li em outras passagens, em livros sobre a suposta homossexualidade de Mann. O livro no qual Carlos Haag tira uma citação do livro “Thomas Mann: Eros and Literature”, de Anthony Heilbut: “Ninguém antes de Mann conseguiu capturar a necessidade gay de justificar-se. ‘Morte em Veneza’ é um guia ‘Baedecker’ para o amor homossexual, visto como uma paixão assimétrica, ligando os sábios feios aos belos bobos. Pronto, temos a explicação completa.”
Comecei a escrever este livro, para que parecesse um diário de bordo de minha viagem à Europa, eis que "Um diário de bordo perde seu propósito original." E qual seria este novo propósito? Foi uma necessidade de entender o porquê de meu primeiro livro: Adeus a Aleto. Por que escolhi as paisagens, até então imaginativas, de uma Europa não visitada, apenas conhecida pelas minhas leituras e divagações. E também pela personagem principal desta história, Nikhov, que provocou reverberações em minha escrita até hoje. A tentativa foi de criar um Entendendo Adeus a Aleto, mas que não exigisse a leitura previa dele.