O cotidiano engolfa como areia movediça – “a rotina” é a ampulheta; o ser, a areia e a hora esgota o ser: “Nos calcanhares a ida acha a rotina”.
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O que parece longo, interminável, na verdade, é breve. O verso “na ida sem fim a que a vida destina” tem quase o mesmo número de palavras, 9, e silabas poéticas, 10, que passa, assim, a ideia de marchar acelerada ou mesmo a de passadas rápidas de uma corrida, os pés acompanham “a rotina”. E os passos precisam ser rápidos porque as distâncias entre, por exemplo, os sonhos e a realidade, são longas e a vida é breve:
E quando se “busca alcançar nem sabe bem o que (e)/ alcança”, já se é alcançado: o que nos minar está sempre nos nossos calcanhares – na corrida pela vida, a “ida” nos alcança.
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O que parece longo, interminável, na verdade, é breve. O verso “na ida sem fim a que a vida destina” tem quase o mesmo número de palavras, 9, e silabas poéticas, 10, que passa, assim, a ideia de marchar acelerada ou mesmo a de passadas rápidas de uma corrida, os pés acompanham “a rotina”. E os passos precisam ser rápidos porque as distâncias entre, por exemplo, os sonhos e a realidade, são longas e a vida é breve:
E quando se “busca alcançar nem sabe bem o que (e)/ alcança”, já se é alcançado: o que nos minar está sempre nos nossos calcanhares – na corrida pela vida, a “ida” nos alcança.