Este trabalho é fruto de um estudo sobre tragédia, filosofia e poesia. Há um diálogo possível entre o tragediógrafo Sófocles, o filósofo Heidegger e o poeta Hölderlin. E tal possibilidade dialógica converge para um único sentido: o destino. A poesia, a tragédia e a filosofia são elementos “a serviço” da história do ser e, portanto, de seu destino. O trágico, o poético e o filosófico apontam para o abismo...
Sófocles deixa falar o destino e os deuses de dois modos diferentes: em Édipo Rei é a vida de cego a perambular pelo bosque que dá sentido à tragédia, pois a morte mesma (para Édipo) não chega depressa, como seria de se esperar. Pelo contrário, Édipo deve viver para sofrer: sua vida de privações é o testemunho do esquecimento dos deuses. Antígona, sua filha-irmã, no entanto, após “suplicar”, em vão, a Dikè e a Zeus (ao alto e ao abismo), recebe a visita de um único deus: a morte.
A partir da análise do poema Como em dia de feriado..., de Hölderlin, farei uma análise da história do pensamento desde os gregos, passando pelo poeta alemão e chegando a Heidegger, que, diante do abismo, se pergunta qual a tarefa do pensamento depois de “decretado” o fim da filosofia e, se pergunta também, o que seja este pensamento.
O nexo possível entre os elementos trágico e poético é dado pelo próprio sagrado, que está entre.
Entram no amarramento deste trabalho, conceitos como o fim da filosofia, questões sobre a técnica, a maquinação ou armação (Gestell), religião como concepção de mundo; e o último deus.
No fundo, este ensaio trata do destino e do trágico.
Sófocles deixa falar o destino e os deuses de dois modos diferentes: em Édipo Rei é a vida de cego a perambular pelo bosque que dá sentido à tragédia, pois a morte mesma (para Édipo) não chega depressa, como seria de se esperar. Pelo contrário, Édipo deve viver para sofrer: sua vida de privações é o testemunho do esquecimento dos deuses. Antígona, sua filha-irmã, no entanto, após “suplicar”, em vão, a Dikè e a Zeus (ao alto e ao abismo), recebe a visita de um único deus: a morte.
A partir da análise do poema Como em dia de feriado..., de Hölderlin, farei uma análise da história do pensamento desde os gregos, passando pelo poeta alemão e chegando a Heidegger, que, diante do abismo, se pergunta qual a tarefa do pensamento depois de “decretado” o fim da filosofia e, se pergunta também, o que seja este pensamento.
O nexo possível entre os elementos trágico e poético é dado pelo próprio sagrado, que está entre.
Entram no amarramento deste trabalho, conceitos como o fim da filosofia, questões sobre a técnica, a maquinação ou armação (Gestell), religião como concepção de mundo; e o último deus.
No fundo, este ensaio trata do destino e do trágico.