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    O amante de lady Chatterley

    Por D. H. Lawrence
    Existem 14 citações disponíveis para O amante de lady Chatterley

    Sobre

    Poucos meses depois de seu casamento, Constance Chatterley, uma garota criada numa família burguesa e liberal, vê seu marido partir rumo à guerra. O homem que ela recebe de volta está paralisado da cintura para baixo, e eles se recolhem na vasta propriedade rural dos Chatterley. Inteiramente devotado à sua carreira literária e depois aos negócios da família, Clifford vai aos poucos se distanciando da mulher. Isolada, Constance encontra companhia no guarda-caças Oliver Mellors, um ex-soldado que resolveu viver no isolamento após sucessivos fracassos amorosos.

    Último romance do autor, O amante de lady Chatterley foi banido em seu lançamento, em 1928, e só ganhou sua primeira edição oficial na Inglaterra em 1960, quando a editora Penguin enfrentou um processo de obscenidade para defender o livro. Àquela altura, já não espantava mais os leitores o uso de "palavras inapropriadas" e as descrições vivas e detalhadas dos encontros sexuais de Constance Chatterley e Oliver Mellors. O que sobressaía era a força literária de Lawrence e a capacidade de capturar uma sociedade em transição.

    Esta edição inclui o texto "A propósito de O amante de lady Chatterley", em que Lawrence comenta a controvérsia em torno do livro e justifica suas intenções literárias, e ainda uma introdução de Doris Lessing, vencedora do prêmio Nobel de literatura em 2007. Um apêndice e notas explicativas situam o leitor na geografia das Midlands e no vasto contexto social e político no qual a trama está inserida.

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    Citações de O amante de lady Chatterley

    “Se fosse possível convencê-los de que viver e gastar são coisas diferentes! Mas não adianta. Se pelo menos fossem educados para viver, em vez de ganhar e gastar dinheiro, até poderiam ser felizes com vinte e cinco xelins.

    Precisamos ser humanos, cada um ter um coração e um pênis, para escapar a essa transformação num deus ou num bolchevista — pois os dois são a mesma coisa: bons demais para serem verdade.”

    Pois mesmo a sátira é uma forma de compaixão, e a maneira como nossa compaixão se estende ou se retrai é determinante para nossa vida.

    Nossa época é essencialmente trágica, por isso nos recusamos a vê-la tragicamente. O cataclismo já aconteceu e nos encontramos em meio às ruínas, começando a construir novos pequenos habitats, a adquirir novas pequenas esperanças. É trabalho difícil: não temos mais pela frente um caminho aberto para o futuro, mas contornamos ou passamos por cima dos obstáculos. Precisamos viver, não importa quantos tenham sido os céus que desabaram.

    Minha alma adeja de leve na pequena chama do meu pentecostes com você, como a paz que vem depois da foda.

    quando a alma emocional sofre um choque violento que não mata o corpo, dá a impressão de recuperar-se ao mesmo tempo que o corpo. Mas é simples aparência.

    Gosto muito da castidade que corre agora entre nós. É como água fresca, é como a chuva. Como os homens podem desejar a monotonia de flertar o tempo todo? Que desgraça ser como dom Juan,154 incapaz sequer de foder até encontrar a paz, com a chama sempre acesa, impotente, incapaz de ser casto no frescor dos intervalos, como que à beira de um rio.

    “De maneira que hoje adoro a castidade, porque é a paz que vem depois da foda. Adoro viver em castidade. Gosto dela como cada floco gosta da neve. Gosto dessa castidade, que é a espera e a paz da nossa foda, pousada entre nós dois como um floco de neve de fogo branco que aponta para os dois lados. E quando a verdadeira primavera chegar, quando chegar o momento do reencontro, aí poderemos foder e tornar a fazer brilhar a pequena chama, viva e amarela.

    Lawrence pregava o sexo como uma espécie de sacramento e, mais ainda, um sacramento capaz de nos salvar dos efeitos da guerra e dos males de nossa civilização. “Denegrir o sexo”, anatematizou ele, “é o crime do nosso tempo, porque precisamos é de ternura pelo corpo, pelo sexo, precisamos

    Mas às vezes é mais inteligente ser meio estúpido: para atingir seus fins.

    “Necessário vos é nascer de novo! — Creio na ressurreição do corpo! — Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, não dá fruto.55 — Quando o açafrão brotar, também eu hei de emergir e contemplar o sol!”

    Connie tornou a sentir a estreiteza e a mesquinharia dos homens de sua geração. Eram tão tensos, tinham tanto medo da vida!

    É curioso o quanto a vida da mente só parece florescer com as raízes na maldade, uma maldade invariável e infinita.

    A sociedade era terrível, porque era louca. A sociedade civilizada é louca. O dinheiro e o que se entende por amor são suas grandes manias; o dinheiro, de longe, em primeiro lugar. Em sua loucura desconexa, os indivíduos se afirmam de um destes dois modos: o dinheiro ou o amor.

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