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    O ano da morte de Ricardo Reis

    Por José Saramago
    Existem 7 citações disponíveis para O ano da morte de Ricardo Reis

    Sobre

    Neste magnífico romance, o heterônimo mais clássico do grande poeta português Fernando Pessoa, o horaciano Ricardo Reis, acha-se novamente em Lisboa, depois de uma temporada no Brasil, onde se auto-exilara. O ano é o de 1936. Médico, educado pelos jesuítas e monarquistas, ele é um sábio capaz de se contentar em assistir ao espetáculo do mundo, como diz numa das epígrafes do livro. Aqui, porém, ele se vê confrontado com os acontecimentos de 1936, em Portugal e fora dele; de um lado, a ditadura fascista de Salazar; de outro, a gestação da Segunda Guerra Mundial, a Frente Popular francesa, a Guerra Civil espanhola, a expansão nazista na Europa. Um confronto, enfim, com um mundo que decerto não era um espetáculo.

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    Citações de O ano da morte de Ricardo Reis

    Um homem deve ler de tudo, um pouco ou o que puder, não se lhe exija mais do que tanto, vista a curteza das vidas e a prolixidade do mundo.

    Contas certas, no geral e em média, são nove meses, tantos quantos os que andámos na barriga das nossas mães, acho que é por uma questão de equilíbrio, antes de nascermos ainda não nos podem ver mas todos os dias pensam em nós, depois de morrermos deixam de poder ver-nos e todos os dias nos vão esquecendo um pouco, salvo casos excepcionais nove meses é quanto basta para o total olvido,

    Se não dissermos as palavras todas, mesmo absurdamente, nunca diremos as necessárias,

    Hoje é o derradeiro dia do prazo que ninguém marcou.

    solidão não é viver só, a solidão é não sermos capazes de fazer companhia a alguém ou a alguma coisa que está dentro de nós, a solidão não é uma árvore no meio duma planície onde só ela esteja, é a distância entre a seiva profunda e a casca, entre a folha e a raiz,

    um fazedor de versos que deixou a sua parte de loucura no mundo, é essa a grande diferença que há entre os poetas e os doidos, o destino da loucura que os tomou.

    E as pessoas nem sonham que quem acaba uma coisa nunca é aquele que a começou, mesmo que ambos tenham um nome igual, que isso só é que se mantém constante, nada mais.

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