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    O ano em que sonhamos perigosamente

    Por Slavoj Zizek
    Existem 11 citações disponíveis para O ano em que sonhamos perigosamente Baixar eBook Link atualizado em 2017
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    Citações de O ano em que sonhamos perigosamente

    Do mesmo modo, muitos guerreiros liberais estão tão ansiosos para combater o fundamentalismo antidemocrático que acabam jogando fora a liberdade e a democracia, só para combater o terror. Se os “terroristas” estão disposto a destruir o mundo por amor a outro mundo, nossos guerreiros do terror estão dispostos a destruir seu próprio mundo democrático por ódio ao mundo muçulmano. Alguns prezam tanto a dignidade humana que estão prontos a legalizar a tortura – a derradeira degradação da dignidade humana – para defendê-la…

    “Apenas ter a mente aberta não significa nada; o objetivo de abrir a mente, bem como de abrir a boca, é fechá-la novamente com algo sólido”.

    Nesse caso, tudo depende do fato de que a totalidade capitalista da produção não só precisa de trabalhadores, como também gera o “exército de reserva” daqueles que não conseguem trabalho: estes não estão simplesmente fora da circulação do capital, eles são produzidos ativamente por essa circulação como não trabalho.

    Essas greves não são protestos de proletários, mas protestos contra a ameaça de ser reduzido a proletário.

    Aqui, estamos plenamente justificados de falar como Hegel: se a realidade não corresponde ao nosso conceito, pior para a realidade.

    somente no capitalismo a exploração é “naturalizada”, está inscrita no funcionamento da economia – ela não é resultado de pressão e violência extraeconômicas, e é por isso que, no capitalismo, temos liberdade pessoal e igualdade: não há necessidade de uma dominação social direta, a dominação já está na estrutura do processo de produção.

    Mas por que os manifestantes foram levados a esse tipo de violência? Zygmunt Bauman estava no caminho certo quando caracterizou os motins como atos de “consumidores anômalos e desqualificados”: mais do que qualquer outra coisa, os motins foram um carnaval consumista de destruição, um desejo consumista violentamente encenado, quando incapaz de se realizar da maneira “apropriada” (pela compra). Sendo assim, é claro, eles também contêm um caráter de protesto genuíno, uma espécie de resposta irônica à ideologia consumista com a qual somos bombardeados diariamente: “Você nos incita a consumir, mas ao mesmo tempo nos priva da possibilidade de fazê-lo apropriadamente – então aqui estamos nós, consumindo da única maneira que nos é permitida!”. De certo modo, os motins representam a verdade da “sociedade pós-ideológica”, exibindo de uma maneira dolorosamente palpável a força material da ideologia. O problema dos motins não é a violência em si, mas o fato de essa violência não ser verdadeiramente assertiva: em termos nietzschianos, ela é reativa, não ativa; é fúria impotente e desespero disfarçado de força; é inveja mascarada de carnaval triunfante.

    apesar de termos de aprender a observar os sinais do futuro, também devemos estar cientes de que o que fazemos agora só se tornará legível quando o futuro chegar, portanto não devemos depositar esperanças demais em uma busca desesperada dos “germes do comunismo” na sociedade de hoje. Devemos lutar por um equilíbrio delicado entre ler sinais do futuro (comunista hipotético) e manter a abertura radical para o futuro: a abertura, sozinha, leva a um niilismo decisionista que nos força a saltar no vazio, ao passo que a plena confiança nos sinais do futuro pode sucumbir ao planejamento determinista (sabemos com o que o futuro deveria se parecer e, de um ponto de vista metalinguístico, de certa maneira livre da história, simplesmente temos de representá-lo). No entanto, o equilíbrio pelo qual devemos lutar não tem nada a ver com uma sábia “via intermediária” que evita

    “Apenas ter a mente aberta não significa nada; o objetivo de abrir a mente, bem como de abrir a boca, é fechá-la novamente com algo sólido”. Isso também vale para a política em tempos de incerteza: os debates que ficam em aberto terão de coalescer não só em novos significantes mestres, mas também em respostas concretas à antiga questão leninista: “Que fazer?”.

    A Igreja transmite da mesma maneira que um carteiro entrega uma correspondência; não se pergunta à Igreja o que ela pensa estar desencadeando com isso, ou como ela interpreta a mensagem. Quanto menos interpretar e quanto menos marcas dos próprios dedos deixar, tanto mais a passará simplesmente como a recebeu – e melhor será.6

    Podemos dizer, de modo geral, que o pensamento livre é a melhor de todas as salvaguardas contra a liberdade. Controlada em estilo moderno, a emancipação da mente do escravo é a melhor maneira de impedir a emancipação desse escravo. Ensine-o a preocupar-se em querer ou não ser livre, e ele não se libertará.5

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