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    O beijo de Judas

    Por Joan Fontcuberta
    Existem 13 citações disponíveis para O beijo de Judas

    Sobre

    No mundo contemporâneo, as aparências substituíram a realidade. No entanto, a fotografia, uma tecnologia historicamente a serviço da verdade, continua desempeñando uma função de mecanismo estrutural da consciência moderna: a câmera não mente, cada fotografi a é uma evidência. A partir de vivências pessoais, o autor critica esta crença e reflete sobre aspectos fundamentais da criação e da cultura atual.

    Joan Fontcuberta (Barcelona, 1955) tem exercido uma atividade multidisciplinar no mundo da fotografia: criador, crítico, docente, editor e curador de exposições. Em 2010 foi publicado, também por esta editora, o livro O beijo de Judas. Fotografia e verdade, que se tornou um clássico e foi o germe da presente obra, em que o autor analisava o declínio da fotografia analógica e antecipava as mudanças que a fotografia digital traria consigo. Em 2011 ganhou o Prêmio Nacional de Ensaio de Espanha e, em 2013, o Prêmio Internacional de Fotografia Hasselblad.
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    Citações de O beijo de Judas

    Toda fotografia é uma ficção que se apresenta como verdadeira. Contra o que nos inculcaram, contra o que costumamos pensar, a fotografia mente sempre, mente por instinto, mente porque sua natureza não lhe permite fazer outra coisa. Contudo, o importante não é essa mentira inevitável, mas como o fotógrafo a utiliza, a que propósitos serve. O importante, em suma, é o controle exercido pelo fotógrafo para impor um sentido ético à sua mentira. O bom fotógrafo é o que mente bem a verdade.

    a fotografia pertence ao âmbito da ficção muito mais que ao das evidências.

    Toda mensagem tem uma tripla leitura: fala do objeto, fala do sujeito e nos fala do próprio meio.

    Fotografar, em suma, constitui uma forma de reinventar o real, de extrair o invisível do espelho e de revelá-lo.

    A fotografia atua como o beijo de Judas: o falso afeto vendido por trinta moedas. Um gesto hipócrita e desleal que esconde uma terrível traição: a denúncia de quem justamente diz personificar a Verdade e a Vida.

    O punctum nasce de uma situação pessoal, é a projeção de uma série de valores que procedem de nós, que não estão originariamente contidos na imagem.

    Joe Deal: “As preferências pessoais e as considerações éticas atuam como uma interferência na imagem”.

    Dorothea Lange, uma

    “A arte é uma mentira que nos permite dizer a verdade”. PICASSO

    Diógenes procurava a verdade com sua lâmpada; hoje saímos para procurá-la com câmeras fotográficas. O paradoxo é que a lâmpada de Diógenes lançava luz sobre as coisas e a câmera, ao contrário, engole essa luz.

    “Fotografia”, portanto, significa literalmente “escrita aparente”. O que nos leva, por extensão, a uma “escritura das aparências”.

    A dúvida é simplesmente uma ferramenta da inteligência.

    “O colapso da representação gráfica é um aspecto fundamental da visão pós-moderna. Duvidar do significado da fotografia e de sua projeção da história foi uma manifestação derivada da atual corrente de desconstrução. A definição de sentido como resposta a esse novo modo de pensar teve que mudar (como um vírus respondendo à pressão do entorno). A imagem como registro de identidade morfológica deu lugar à imagem como demonstração sob suspeita”.

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