A presença do conde Maurício de Nassau no Nordeste brasileiro, no início do século XVII, transformou Recife na cidade mais desenvolvida do Brasil. Em poucos anos, o que era um pequeno povoado de pescadores virou um centro cosmopolita.
A história do governo holandês no Nordeste brasileiro se confunde com a guerra entre Holanda e Espanha. Em 1580, quando os espanhóis incorporaram Portugal, lusitanos e holandeses já tinham uma longa história de relações comerciais. O Brasil era, então, o elo mais frágil do império castelhano, e prometia lucros fabulosos provenientes do açúcar e do pau-brasil. Este volume reúne as passagens mais importantes dos documentos da época, desde as primeiras invasões na Bahia e Pernambuco até sua derrota e expulsão. Os textos - apresentados e contextualizados pela maior autoridade no período holandês no Brasil, o historiador Evaldo Cabral de Mello - foram escritos por viajantes, governantes e estudiosos.
São depoimentos de quem participou ou assistiu aos fatos, e cuja vividez e precisão remete o leitor ao centro da história.
'Nenhum país aparece situado tão vantajosamente para os nossos Países Baixos, pois é o mais oriental e mais próximo de toda a América meridional, de modo que uma viagem comum, seja de ida, seja de volta, pode ser calculada em dois meses. Uma vez de posse desta parte setentrional do Brasil, cortaríamos o sul do Brasil pela capitania da Bahia ao português, e, podendo nossos artigos ser transportados mais barato e gravados de muitos menos impostos, destruiríamos todo o seu comércio de açúcar, que, por havermos apoderado da maior parte do comércio das Índias Orientais, é ainda o único recurso da coroa de Portugal. Mas além disso teríamos meio de dar ao comércio mais importância ainda, porque sendo no Brasil a exportação de gengibre proibida pelo rei em proveito de Castela, poderíamos permitir esta exportação, e o país, tão apropriado a esta cultura como à da cana-de-açúcar, beneficiar-se-ia com tal permissão e assim Castela a perderia inteiramente. Também o algodão pode ser cultivado com êxito, se bem que agora que ele é, por assim dizer, nativo, se lhe dê pouca ou nenhuma atenção, porque os portugueses não se ocupam senão com o açúcar.'
A história do governo holandês no Nordeste brasileiro se confunde com a guerra entre Holanda e Espanha. Em 1580, quando os espanhóis incorporaram Portugal, lusitanos e holandeses já tinham uma longa história de relações comerciais. O Brasil era, então, o elo mais frágil do império castelhano, e prometia lucros fabulosos provenientes do açúcar e do pau-brasil. Este volume reúne as passagens mais importantes dos documentos da época, desde as primeiras invasões na Bahia e Pernambuco até sua derrota e expulsão. Os textos - apresentados e contextualizados pela maior autoridade no período holandês no Brasil, o historiador Evaldo Cabral de Mello - foram escritos por viajantes, governantes e estudiosos.
São depoimentos de quem participou ou assistiu aos fatos, e cuja vividez e precisão remete o leitor ao centro da história.
'Nenhum país aparece situado tão vantajosamente para os nossos Países Baixos, pois é o mais oriental e mais próximo de toda a América meridional, de modo que uma viagem comum, seja de ida, seja de volta, pode ser calculada em dois meses. Uma vez de posse desta parte setentrional do Brasil, cortaríamos o sul do Brasil pela capitania da Bahia ao português, e, podendo nossos artigos ser transportados mais barato e gravados de muitos menos impostos, destruiríamos todo o seu comércio de açúcar, que, por havermos apoderado da maior parte do comércio das Índias Orientais, é ainda o único recurso da coroa de Portugal. Mas além disso teríamos meio de dar ao comércio mais importância ainda, porque sendo no Brasil a exportação de gengibre proibida pelo rei em proveito de Castela, poderíamos permitir esta exportação, e o país, tão apropriado a esta cultura como à da cana-de-açúcar, beneficiar-se-ia com tal permissão e assim Castela a perderia inteiramente. Também o algodão pode ser cultivado com êxito, se bem que agora que ele é, por assim dizer, nativo, se lhe dê pouca ou nenhuma atenção, porque os portugueses não se ocupam senão com o açúcar.'