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    O Caçador de Ilusões: R. FREITAS

    Por O Caçador de ilusões

    Sobre

    O romance nos retrata a trajetória de um grupo de adolescentes corrompidos pelas drogas de forma não muito convencional, usando por vezes no texto, um linguajar bruto e atual, e ao mesmo tempo mitológico pela visão de estarem entorpecidos, uma verdadeira viagem se nos entregarmos ao mundo dos viciados, onde não existe nenhuma religião ou crença a não ser a das drogas e dos traficantes. Uma leitura que corre e se arrasta pelo tempo, que às vezes parece monótona e de repente acerta um soco em sua consciência, com certeza não haverá meio termo, ou irá gostar ou odiar. Feito para adolescentes e pais, baseados em grande parte na minha juventude e ao destino de alguns amigos que se perderam no vício.

    R. FREITAS


    DIANA
    Em um vale rodeado por densa vegetação de ciprestes e lindas flores consagradas à deusa caçadora, Diana. Na extremidade do vale havia uma gruta, não habitado por anjos, mas sim pelos demônios que habitavam sua alma. Ali a deusa costumava ir, quando cansada de caçar a realidade, e lavava sua alma virginal numa carreira de cocaína.
    Certo dia, tendo entrado ali com alguns servos, entregou a um deles um aparelho constituído de um recipiente cilíndrico e um êmbolo, apropriado para injetar o liquido sagrado do viciado. Enquanto um segundo servo preparava a cerimônia, o terceiro, mais habilidoso de todos, o preparador, que com sua experiência e cuidados íntimos com o liquido sagrado, caminhou em direção a deusa a fim de escondê-lo em seu corpo. Após receber o sagrado liquido, uma cor semelhante à que tinge as nuvens em dia de tempestade cobriu o rosto de Diana, que ainda fez menção de pedir socorro, mas as palavras não obedeciam à sua vontade.
    Imediatamente suas veias pareciam querer explodir, suas mãos e braços foram se contorcendo junto a sua cintura. Ajoelhou-se, seu tronco curvou por sobre suas pernas, suas feições da antiga ousadia foram substituída pelo medo; gemeu. Lágrimas escorreram-lhe pelo rosto. Sua consciência, no entanto, permaneceu. Queria voltar para casa, procurar seu palácio, estar nos braços da sua mãe que sempre lhe protegera.
    Tentou fugir, mas seus demônios correram em seu encalço, mais velozes que o vento. De súbito um agarrou seu corpo, enquanto dois imobilizavam sua alma; via a morte se aproximar. Tentou erguer os olhos numa suplica, mas não tinha mais forças para reagir.
    Diana gemeu, um gemido profundo cheio de dor; estava morrendo. Sua respiração cessou vagarosamente. Sua comitiva ficou paralisada por alguns instantes e no ar ressoava uma voz como em um sussurro.
    ? Vamo vaza, ela morreu!
    Seus amigos e companheiros soltaram seu corpo, que caiu por sobre os entulhos que se encontravam dentro daquela construção abandonada, onde eles se encontravam para se drogar. Morreu sozinha e largada num canto imundo com se fosse parte do lixo.
    Nessas grutas lúgubres da alma,
    Não habitadas por anjos
    Mas pelos demônios.
    Deixaram cair seu corpo já sem vida,
    Narrou-se seu infeliz destino
    E a morte com suas próprias mãos, e mais trezentas...
    Ergueram sua alma
    E a conduziram ao seu palácio.
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