We love eBooks
    Baixar O caminho de Guermantes pdf, epub, eBook
    Editora

    O caminho de Guermantes

    Por Marcel Proust
    Existem 8 citações disponíveis para O caminho de Guermantes

    Sobre

    A editora Globo reedita O caminho de Guermantes, volume 3 de Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, um dos maiores clássicos da literatura universal. A presente tradução também se tornou um clássico: trata-se da versão feita pelo poeta Mário Quintana para a antiga Globo de Porto Alegre, agora revista pela profa. Olgária Matos. A edição conta ainda com prefácio, notas e resumo de Guilherme Ignácio da Silva, e com posfácio de Philippe Willemart.
    O caminho de Guermantes marca uma inflexão no caminho existencial do herói de Proust. No primeiro volume de Em busca do tempo perdido (No caminho de Swann) havia a imagem concreta de dois caminhos que se ofereciam ao caminhante na cidadezinha de Combray: o da propriedade de Charles Swann e outro, mais longo, o da propriedade dos Guermantes. Ele escolhe o primeiro, e adentra o mundo do refinado colecionador de arte, Swann, sua vida mundana, sua paixão e ciúme pela cortesã de luxo, Odette de Crécy, sua influência nas leituras e interesses artísticos do herói. Neste O caminho de Guermantes, a narração começa com uma mudança de endereço em Paris, que coincide com uma aproximação espacial do palácio urbano dos Guermantes, um dos grandes anseios adiados do herói. Ele que, antes de aprender a falar, já ouvia uma velha canção evocando o nome dos Guermantes, atravessa um longo período de vida, uma larga sucessão de escolhas e uma grande cadeia de associações imagéticas até chegar a esse novo lugar e poder, enfim, acompanhar os movimentos do duque e da duquesa de Guermantes no dia-a-dia, preparando o contato direto com o grand monde (o ?grande mundo?) que freqüenta seu salão.
    Baixar eBook Link atualizado em 2017
    Talvez você seja redirecionado para outro site

    Definido como

    Listados nas coleções

    Citações de O caminho de Guermantes

    a simplicidade só encanta sob a condição de que os outros saibam que poderíamos não ser simples, isto é, que somos riquíssimos.

    Já se disse que o silêncio é uma força; em sentido completamente diferente, é mesmo uma força, e terrível, à disposição dos que são amados. Ela aumenta a ansiedade de quem espera. Nada convida tanto a aproximar-se de uma criatura como aquilo que dela nos separa, e que barreira mais intransponível do que o silêncio?

    Na doença é que descobrimos que não vivemos sozinhos, mas sim encadeados a um ser de um reino diferente, de que nos separam abismos, que não nos conhece e pelo qual nos é impossível fazer-nos compreender: o nosso corpo.

    As criaturas que desempenharam um grande papel na nossa vida, é raro que saiam dela de súbito de um modo definitivo. Voltam a pousar nela por momentos (a ponto de alguns acreditarem numa ressurreição de amor) antes de deixá-la para sempre.

    Graças à arte, em vez de contemplar um só mundo, o nosso, vemo-lo multiplicar-se, e dispomos de tantos mundos quantos artistas originais existem, mais diversos entre si do que os que rolam no infinito, e que, muitos séculos após a extinção do núcleo de onde emanam, chame-se este Rembrandt ou Vermeer, ainda nos enviam seus raios”.[389]

    Pois como a medicina é um compêndio dos erros sucessivos e contraditórios dos médicos, recorrendo aos melhores destes, corre-se o risco de solicitar uma verdade que será reconhecida falsa alguns anos mais tarde. De modo que acreditar na medicina seria a suprema loucura se não acreditar nela não fosse loucura maior, pois desse amontoado de erros se desvencilharam com o tempo algumas verdades.

    Para terminar, diria que Freud e Proust se beneficiaram dos mesmos estratos de saber que cada qual soube romper à sua maneira. Freud se desvinculou da psiquiatria e da neurologia para poder criar o campo da psicanálise. Proust se desvinculou das categorias literárias de seu tempo para poder inovar com um gênero de escrita original, que se torna uma referência insubstituível na literatura do século xx. Dito de outro modo, e segundo a terminologia de Roland Barthes, ambos são fundadores de línguas, de uma “língua estrangeira” que faz deles gigantes de nossa cultura e irmãos, apesar de desconhecidos um do outro.

    “Porque, como já demonstrei, não seriam meus leitores, mas leitores de si mesmos, não passando de uma espécie de vidro de aumento, como os que oferecia a um freguês o dono da loja de instrumentos ópticos em Combray, o livro graças ao qual eu lhes forneceria meios de se lerem”.[393]

    eBooks por Marcel Proust

    Página do autor

    Relacionados com esse eBook

    Navegar por coleções eBooks similares