O casaco de Marx: Roupas, memórias, dor
Existem 4 citações disponíveis para O casaco de Marx: Roupas, memórias, dorSobre
Talvez você seja redirecionado para outro site
Pensar sobre a roupa, sobre roupas, significa pensar sobre memória, mas também sobre poder e posse.
O poder particular da roupa para efetivar essas redes está estreitamente associado a dois aspectos quase contraditórios de sua materialidade: sua capacidade para ser permeada e transformada tanto pelo fabricante quanto por quem a veste; e sua capacidade para durar no tempo.
Se eu vestia a jaqueta, Allon me vestia. Ele estava lá nos puimentos do cotovelo, puimentos que no jargão técnico da costura são chamados de “memória”.
Como observou Wittgenstein: Os aspectos das coisas que são mais importantes para nós permanecem ocultos por causa de sua simplicidade e familiaridade. (Somos incapazes de ver alguma coisa simplesmente porque ela está sempre diante de nossos olhos). Os fundamentos reais de nossas indagações não nos impressionam em nada, a menos que tenhamos, em algum momento, sido impressionados por um fato específico. E isso significa: deixamos de ser impressionados por aquilo que, uma vez visto, é o que existe de mais impressionante e forte.