Nos últimos dois séculos, o crescimento econômico, aliado ao progresso tecnológico, foi considerado um caminho indiscutível para o bem-estar, a saúde e a conquista de mais tempo para o lazer. Muitas pessoas acreditaram que a ciência e a tecnologia nos tornariam livres e felizes, e que isso se reverteria no aperfeiçoamento social e ético dos povos. No começo do século XXI, essa perspectiva mudou. A inteligência artificial, a nanotecnologia e a biotecnologia poderão produzir mudanças tão radicais que poderão pôr em risco a própria sobrevivência da humanidade. Testar essas hipertecnologias pode comprometer, de modo irreversível, o meio ambiente e a economia das sociedades nas próximas décadas.
A inteligência artificial pode tornar o ser humano descartável, a biotecnologia pode intervir de forma desastrosa no curso da evolução, e a nanotecnologia pode levar à destruição da atmosfera. Novos dilemas éticos surgirão com essas hipertecnologias, e não estamos preparados para enfrentá-los. A tecnologia é um fenômeno planetário irreversível que tem sua história própria. Precisamos reconstruir nossa relação com ela e perceber que, embora já não possamos controlá-la, podemos pelo menos influenciar seu desenvolvimento para que ela não se volte contra nós.
A inteligência artificial pode tornar o ser humano descartável, a biotecnologia pode intervir de forma desastrosa no curso da evolução, e a nanotecnologia pode levar à destruição da atmosfera. Novos dilemas éticos surgirão com essas hipertecnologias, e não estamos preparados para enfrentá-los. A tecnologia é um fenômeno planetário irreversível que tem sua história própria. Precisamos reconstruir nossa relação com ela e perceber que, embora já não possamos controlá-la, podemos pelo menos influenciar seu desenvolvimento para que ela não se volte contra nós.