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    O Círculo

    Por Dave Eggers
    Existem 9 citações disponíveis para O Círculo

    Sobre

    Um livro eletrizante sobre nosso compartilhado mundo novo.


    Encenado num futuro próximo indefinido, o engenhoso romance de Dave Eggers conta a história de Mae Holland, uma jovem profissional contratada para trabalhar na empresa de internet mais poderosa do mundo: O Círculo. Sediada num campus idílico na Califórnia, a companhia incorporou todas as empresas de tecnologia que conhecemos, conectando e-mail, mídias sociais, operações bancárias e sistemas de compras de cada usuário em um sistema operacional universal, que cria uma identidade on-line única em por consequência, uma nova era de civilidade e transparência.

    Mae mal pode acreditar na sorte de fazer parte de um lugar assim. A modernidade do Círculo aparece tanto na sua arquitetura quanto nos escritórios aprazíveis e convidativos. Os entusiasmados membros da empresa convivem no campus também nas horas vagas, seja em festas e shows que duram a noite toda ou em campeonatos esportivos e brunches glamorosos. A vida fora do trabalho, porém, vai ficando cada vez mais esquecida, à medida que o papel de Mae no Círculo torna-se mais e mais importante.

    O que começa como a trajetória entusiasmada da ambição e do idealismo de uma mulher logo se transforma em uma eletrizante trama de suspense que leva questões fundamentais sobre memória, história, privacidade, democracia e os limites do conhecimento humano.


    ?O comentário satírico mais preciso sobre a era da internet.? - The Guardian
    ?Impossível largar.? - The Time
    ?Tremendo. Prepare-se para ficar viciado.? - Daily Mail

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    Citações de O Círculo

    “Agora, todos nós somos Deus. Todos nós, em breve, poderemos ver e julgar uns aos outros. Veremos o que Ele vê. Vamos articular o juízo Dele. Vamos canalizar Sua ira e distribuir Seu perdão. Num nível global e constante. Toda religião estava à espera disso, o momento em que todo ser humano será um mensageiro direto e imediato da vontade de Deus. Entende o que estou dizendo?”

    Pessoas falando umas das outras pelas costas. É isso o que representa a grande maioria das mídias sociais, todos esses comentários, todas essas críticas. Suas ferramentas têm fofocas, boatos e conjecturas de alto nível, erguidos ao plano da comunicação válida, dominante. No fundo, é tudo pura babaquice.”

    O paradoxo bizarro é que você acha que está no centro de tudo e que isso torna suas opiniões mais valiosas, só que você mesma está ficando menos vibrante.

    Eles determinam de forma científica exatamente quanto sal e quanta gordura precisam incluir para fazer a pessoa continuar comendo. Você não tem fome, não precisa comer, aquilo não traz nada para você, mas você continua devorando aquelas calorias vazias. É isso que vocês estão empurrando. A mesma coisa. Infinitas calorias vazias, mas o equivalente na forma sociodigital. E vocês calibram as doses para que o negócio fique igualmente viciante.”

    Você faz comentários sobre coisas e isso substitui fazer as coisas de fato.

    Mae, que por anos pensava em Mercer com uma frustração que beirava a piedade, agora lembrou que ele era capaz de fazer um ótimo trabalho. Ela sabia que Mercer tinha compaixão e que era muito gentil, embora a limitação de seus horizontes fosse exasperadora. Mas agora, vendo aquilo — poderia chamar de obra de arte? Era algo semelhante à arte — e o efeito que produzia na casa, a fé de Mae em Mercer renasceu.

    Ty havia concebido o sistema inicial, o Sistema Operacional Unificado, que combinava on-line tudo aquilo que antes estava separado e bagunçado — perfis dos usuários das redes sociais, seus sistemas de pagamento, suas várias senhas, suas contas de e-mail, seus nomes de usuário, preferências, todas as ferramentas e manifestações de seus interesses. A maneira antiga — uma nova transação, um novo sistema para cada site, para cada compra — era como entrar num carro diferente cada vez que quisesse dar uma voltinha por aí. “A gente não devia ser obrigado a ter oitenta e sete carros”, disse ele, mais tarde, depois que seu sistema havia dominado a internet e o mundo. Em vez disso, ele pôs tudo, todas as necessidades e ferramentas dos usuários, num mesmo saco e inventou o TruYou — uma conta, uma identidade, uma senha, um sistema de pagamento por pessoa. Não havia mais senhas, múltiplas identidades. Seus dispositivos sabiam quem você era e que sua única identidade — o TruYou, inviolável e sem máscaras — era a pessoa pagando, assinando, respondendo, vendo e revendo, olhando e sendo olhada. Era preciso usar seu nome verdadeiro, que estava vinculado a seus cartões de crédito, seu banco, e assim era simples pagar qualquer coisa. Um botão para o resto de sua vida on-line.

    Agora, eu e você sabemos que, se alguém pode controlar o fluxo de informação, pode controlar tudo. Pode controlar a maior parte do que todo mundo vê e sabe.

    “Os Direitos Humanos numa Era Digital”. Mae leu rapidamente, captando uns trechos: “Todos temos o direito ao anonimato.” “Nem todas as atividades humanas podem ser medidas.” “A incessante busca de dados para quantificar o valor de qualquer esforço é catastrófica para a verdadeira compreensão.” “A barreira entre público e privado deve permanecer inviolável.” No fim, ela achou uma linha escrita em tinta vermelha: “Todos temos o direito de desaparecer”.

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