A pessoa humana como a pupila dos olhos, sobretudo os pobres e sofredores. Essa opção apaixonada do Concílio Vaticano II, no paradigma da Igreja evangelicamente servidora da humanidade, legitimou a atuação de redes informais de intercâmbio, espiritualidade e influência que, através da prática de colegialidade, deram voz e gestos aos clamores e esperanças vindos das periferias e das fronteiras do mundo. Foi à maneira de laboratório de proposições que esses segmentos minoritários abraçaram a proposta de João XXIII e atuaram como fermento eficaz. O sonho de uma Igreja ?dos pobres para ser de todos?, encarnada nas particularidades para lançar-se na universalidade, ganhou a adesão de cerca de vinte por cento dos padres conciliares e sacramentou-se no Pacto das Catacumbas. Logo em seguida, a original recepção do Concílio feita pela Igreja na América Latina explicitou a opção preferencial pelos pobres, que está na identidade do cristianismo e que tem sua raiz formulada nos documentos do Vaticano II. Assim, a opção pelo ?homem moderno? alcançou rostos concretíssimos e cristológicos.
O Concílio Vaticano II e os pobres
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