Talvez ninguém melhor que o próprio poeta para dizer de sua poesia: “Sou poeta , toco ausências/ e tudo que esta mão toca/ povoa-se de intenções.”
Neste pequeno relicário, Ricardo Alcântara reuniu poemas esparsos que, como traço em comum, nos impõem a emoção e o silêncio. São breves e intensas iluminações. Um belo e irresistível conjunto de delicadezas filosóficas – para roubar uma expressão feliz, usada a certa altura pelo autor.
Em O deserto que se chama tudo aquilo (selo Escrituras), a exaustiva carpintaria do verso não retira o sabor da frase, que por vezes soa quase como um desabafo, um apelo, um chamado à luz no meio do escuro. Quem sabe – como a moça morena que lê Bandeira e que nos fala o autor – o leitor possa pegar-se desprevenido, chorando sem ter por quê. Não será tristeza, melancolia, assombro, saudade ou solidão. Nem mesmo felicidade. Será poesia.
Neste pequeno relicário, Ricardo Alcântara reuniu poemas esparsos que, como traço em comum, nos impõem a emoção e o silêncio. São breves e intensas iluminações. Um belo e irresistível conjunto de delicadezas filosóficas – para roubar uma expressão feliz, usada a certa altura pelo autor.
Em O deserto que se chama tudo aquilo (selo Escrituras), a exaustiva carpintaria do verso não retira o sabor da frase, que por vezes soa quase como um desabafo, um apelo, um chamado à luz no meio do escuro. Quem sabe – como a moça morena que lê Bandeira e que nos fala o autor – o leitor possa pegar-se desprevenido, chorando sem ter por quê. Não será tristeza, melancolia, assombro, saudade ou solidão. Nem mesmo felicidade. Será poesia.