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    O jogo do anjo

    Por Carlos Ruiz Zafón
    Existem 13 citações disponíveis para O jogo do anjo

    Sobre

    "A voz de Zafón é de uma originalidade a toda prova." - La Vanguardia Mais de um milhão de exemplares vendidos na Espanha O protagonista e narrador de O jogo do anjo é David Martín, um jovem escritor que vive em Barcelona na década de 1920. Aos 28 anos, desiludido no amor e na vida profissional e gravemente doente, o escritor vive sozinho num casarão em ruínas. É quando surge Andreas Corelli, um estrangeiro que se diz editor de livros. Ele promete a David muito dinheiro, e sua simples aparição parece devolver a saúde ao escritor. Contudo, o que ele pede em troca não é pouco. E o preço real dessa encomenda é o que David precisará descobrir. Embora O jogo do anjo traga alguns dos personagens de A Sombra do Vento, de acordo com o autor, o livro não é uma continuação de sua obra anterior, mas sim uma segunda investida em uma narrativa “centrada em um mesmo universo literário”. Zafón diz que pretende construir uma tetralogia e que as histórias de todos os volumes se situarão em algum período entre a Revolução Industrial e o final da Segunda Guerra Mundial: “A Sombra do Vento abrange a primeira metade do século XX, e um pouco mais. O jogo do anjo faz referência a acontecimentos que vão de 1904 a 1945.” No entanto, nenhuma delas será continuação da outra.
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    Citações de O jogo do anjo

    uma religião vem a ser um código moral que se expressa através de lendas, mitos ou qualquer tipo de objeto literário, com o objetivo de estabelecer um sistema de crenças, valores e normas que sirvam para regular uma cultura ou uma sociedade.

    Alguém pode nascer com maior ou menor capacidade, mas ninguém chega a ser um atleta simplesmente porque nasceu alto, forte ou rápido. O que faz o atleta, ou o artista, é o trabalho, o domínio do ofício e a técnica. A inteligência inata é simplesmente munição. Para chegar a fazer alguma coisa com ela é necessário transformar sua mente numa arma de precisão.

    Para chegar a qualquer lugar que deseje alcançar é preciso primeiro a ambição, depois o talento, o conhecimento e, finalmente, a oportunidade.

    Bem-aventurado aquele para quem os cretinos ladram, pois sua alma nunca lhes pertencerá.

    Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troca de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade no sangue e começa a acreditar que, se conseguir disfarçar sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente vai viver mais do que ele. Um escritor está condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem um preço.

    — Bem, o que me pareceu mais interessante até agora é que a maioria dessas crenças parte de um fato ou de um personagem com alguma base histórica, mas evolui rapidamente na forma de movimentos sociais delimitados de acordo com as circunstâncias políticas, econômicas e sociais do grupo que as aceita. Ainda está acordada? Eulalia fez que sim. — Boa parte da mitologia que se desenvolve em torno de cada uma dessas doutrinas, desde sua liturgia até as normas e os tabus, deriva da burocracia que vai se gerando à medida que evoluem e não do suposto fato sobrenatural que lhes deu origem. A maior parte das narrativas simples e pacíficas, mistura de senso comum e folclore, e toda a carga beligerante que desenvolvem derivam de uma interpretação posterior desses princípios, quando não tendem a se deturpar, por parte de seus administradores. O aspecto administrativo e hierárquico parece um ponto-chave em sua evolução. No princípio, a verdade é revelada a todos os homens, mas rapidamente surgem alguns indivíduos que se atribuem o poder e o dever de interpretar, administrar e, caso necessário, alterar essa verdade em nome do bem comum e, para isso, estabelecem uma organização poderosa e potencialmente repressiva. Esse fenômeno, que a biologia mostra que é próprio de qualquer grupo animal social, logo transforma a doutrina num elemento de controle e luta política. Divisões, guerras e desavenças tornam-se inevitáveis. Cedo ou tarde, a palavra se faz carne e a carne sangra.

    A letra da canção é o que pensamos entender, mas o que faz com que acreditemos, ou não, é a melodia.

    que cremos, o que conhecemos, o que recordamos e até o que sonhamos. Tudo é um conto, uma narração, uma seqüência de acontecimentos e personagens que comunicam um conteúdo emocional. Um ato de fé é um ato de aceitação, aceitação de uma história que nos foi contada. Só aceitamos como verdadeiro aquilo que pode ser narrado.

    — Não posso aceitar — disse. — Pensa que é dinheiro sujo? — Todo dinheiro é sujo. Se fosse limpo ninguém ia querer. Mas o problema não é esse.

    A inveja é a religião dos medíocres. Ela os reconforta, responde às angústias que os devoram por dentro. Em última análise, apodrece suas almas, permitindo que justifiquem sua própria mesquinhez e cobiça, até o ponto de pensarem que são virtudes e que as portas do céu se abrirão para os infelizes como eles, que passam pela vida sem deixar outro rastro senão suas toscas tentativas de depreciar os demais, de excluir e, se possível, destruir quem, pelo mero fato de existir, coloca em evidência sua pobreza de espírito, de mente e de valores.

    — A literatura, pelo menos a boa, é uma ciência com sangue de arte. Como a arquitetura ou a música. — Pensei que era algo que brotava do artista, assim, sem mais nem menos. — A única coisa que brota sem mais nem menos é pêlo e verruga.

    — Posso organizar seus papéis, datilografar, corrigir erros e falhas… — Erros e falhas? — Não pretendia insinuar que comete erros e falhas… — E o que pretendia insinuar, então? — Nada. Mas quatro olhos sempre vêem mais do que dois.

    É muito mais fácil odiar alguém cujo rosto é reconhecível e a quem podemos culpar por tudo aquilo que nos incomoda.

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