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    O mapa e o território

    Por Michel Houellebecq
    Existem 9 citações disponíveis para O mapa e o território

    Sobre



    O mais celebrado e polêmico escritor francês de nossa época alcança, com O mapa e o território, sua obra prima. A história da vida do artista plástico Jed Martin é uma perturbadora fábula sobre arte, dinheiro, amor, amizade e morte, em que Michel Houellebecq consegue combinar, com maestria, poesia e violência, desesperança e compaixão.

    Lançado após um hiato literário de cinco anos, O mapa e o território coroa a carreira do escritor Michel Houellebecq, rendendo-lhe, por fim, seu primeiro Goncourt, principal prêmio francês de literatura. No entanto, lançou o autor em uma grande polêmica: por utilizar descrições de produtos, lugares e personalidades publicadas originalmente em sites, panfletos e reportagens, o livro incitou uma discussão sobre os limites entre citação e plágio.
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    Citações de O mapa e o território

    A voz das pessoas nunca muda, tampouco a expressão do olhar. Em meio à decadência física generalizada a que se resume a velhice, a voz e o olhar constituem o testemunho dolorosamente irrecusável da persistência do caráter, das aspirações, dos desejos, de tudo o que constitui uma personalidade humana.

    É muito simples: é porque você tem um olhar intenso. Um olhar apaixonado. E é isso, acima de tudo, que as mulheres procuram. Quando conseguem ler uma energia, uma paixão no olhar de um homem, sentem-se atraídas.

    O que define um homem? Qual é a pergunta que fazemos em primeiro lugar a um homem, quando desejamos saber quem ele é? Em certas sociedades, perguntam-lhe primeiro se é casado, se tem filhos; nas nossas sociedades, a primeira pergunta é sobre a profissão. É o lugar no processo de produção, e não seu status como reprodutor, que define primordialmente o homem ocidental.

    É sempre possível, dissera-lhe Houellebecq ao evocar sua carreira de romancista, fazer anotações, tentar alinhar frases; mas, para nos lançarmos na escrita de um romance, temos que esperar que tudo se torne compacto, irrefutável, esperar a eclosão de um real foco de necessidade. Não cabe a nós a decisão de escrever um livro, acrescentara; um livro, segundo ele, era como um bloco de cimento pode ou não endurecer, as possibilidades de ação do autor limitam-se a estar presente, esperando, numa inércia angustiante, que o processo dispare automaticamente.

    A sexualidade é algo frágil, difícil de entrar, facílimo de sair.

    O que responder, em geral, às interrogações humanas?

    É impossível escrever um romance, dissera-lhe Houellebecq na véspera, pela mesma razão que é impossível viver: em razão das inépcias acumuladas. E todas as teorias da liberdade, de Gide a Sartre, não passam de moralismos concebidos por solteirões irresponsáveis. Como eu, acrescentara, atacando sua terceira garrafa de vinho chileno.

    — É um belo produto, um produto moderno; pode gostar dele. Mas deve saber que dentro de um, dois anos no máximo, ele será substituído por um novo produto, com características supostamente aprimoradas. Nós também somos produtos… — prosseguiu —, produtos culturais. Também alcançaremos a obsolescência. O funcionamento do dispositivo é idêntico, com a ressalva de que, em geral, não há melhoria técnica ou funcional evidente; subsiste apenas a exigência da novidade em estado puro. Mas são bagatelas, bagatelas… —

    “Sobre aquilo de que não posso falar, tenho a obrigação de me calar.”

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