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    O melhor das comédias da vida privada

    Por Luis Fernando Verissimo
    Existem 9 citações disponíveis para O melhor das comédias da vida privada

    Sobre



    Um clássico do humor de Luis Fernando Verissimo em edição revista e atualizada pelo autor. Generoso, irônico, cúmplice - Verissimo sabe como ninguém transformar em riso as sutis tiranias, as infidelidades, as paixões fulminantes, os ódios mortais. Em "O Melhor das Comédias da Vida Privada" o escritor gaúcho escolheu suas histórias preferidas do livro que se tornou um clássico do humor brasileiro nos anos 90, numa seleção imperdível que inclui 35 novas crônicas, inéditas em livro até então. Aqui estão personagens que já se tornaram antológicos, como o marido do Dr. Pompeu, o Mendoncinha, a mulher do Silva, as noivas do Grajaú, a Regininha. Escrevendo todos os dias, em colunas publicadas nos maiores jornais brasileiros, Luis Fernando Verissimo aprimorou o texto e o olhar, transformando-se num dos nossos autores mais admirados.
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    Citações de O melhor das comédias da vida privada

    Estou me acostumando com a idéia de considerar cada ato sexual como um processo em que, no mínimo, quatro pessoas estão sempre envolvidas. Sigmund Freud

    Se Deus fosse mandar uma amostra do seu trabalho para concurso, mandaria ela.

    Quando alguém começa a frase com “Eu não sou racista, mas…”, você pode estar certo de que o que segue será uma declaração racista que desmentirá espetacularmente o seu preâmbulo. Ninguém é mais racista do que quem começa dizendo que não é.

    Outra paixão misteriosa é a do homem pelo seu carro. Ou não tão misteriosa. A sensação de que basta espremer um pequeno acelerador para ter vários cavalos de força sob seu comando é um dos maiores prazeres que o mundo moderno proporciona ao homem. O homem e a máquina são uma coisa só. O motor é a sua energia, o sistema elétrico são os seus nervos em perfeita sincronia, os pneus são suas garras de tigre devorando distâncias sem esforço, a gasolina é seu sangue, as prestações a pagar são seus vínculos com a realidade e com seus limites humanos.

    Acho que, comunista, tem que matar. Silêncio. Troca de olhares. — Não que eu seja um reacionário… Suspiros de alívio. Tudo esclarecido. O cara não é um reacionário. Ainda bem.

    adendo. — Acho que, comunista, tem que matar. Silêncio. Troca de olhares. — Não que eu seja um reacionário… Suspiros de alívio. Tudo esclarecido. O cara não é um reacionário. Ainda bem.

    Preâmbulos Quando alguém começa a frase com “Eu não sou racista, mas…”, você pode estar certo de que o que segue será uma declaração racista que desmentirá espetacularmente o seu preâmbulo. Ninguém é mais racista do que quem começa dizendo que não é. “Eu não sou moralista, mas…” geralmente precede uma posição moralista de embaraçar um Savonarola. “Eu não tenho nada contra, mas…” Segue um catálogo de coisas contra. O hábito do preâmbulo imediatamente contrariado tem o seu lado bom. Significa que quem o usa pelo menos reconhece que vai destoar do que seria um pensamento normal, universal, esclarecido e correto. Que precisa se precaver e fornecer uma espécie de salvo-conduto para a sua opinião extrema. Às vezes o salvo-conduto vem no fim, como um adendo. — Acho que, comunista, tem que matar. Silêncio. Troca de olhares. — Não que eu seja um reacionário… Suspiros de alívio. Tudo esclarecido. O cara não é um reacionário. Ainda bem. A verdade é que devemos ter muito cuidado com os preâmbulos. De preferência, fugir deles. Por exemplo: — Posso te fazer uma pergunta? Este é mortal. No meio de uma conversa, no meio de outras perguntas, vem o pedido de permissão para fazer uma pergunta. Que obviamente será mais séria, mais difícil e potencialmente mais indiscreta ou agressiva do que as perguntas para as quais nenhuma permissão é necessária. Evite-a. — Posso te fazer uma pergunta? — Não! — Mas… — Não pode! Mas o pior preâmbulo, o que já deflagrou mais desentendimento e discórdia e acabou com mais amizades, casamentos e carreiras do que qualquer outro, o que deveria ser banido de todos os vocabulários para que a Humanidade vivesse em paz, é: — Posso ser franco? Não deixe! Exija falsidade, hipocrisia, mentiras ou silêncio. Tudo menos franqueza. Melhor ainda: corra.

    Você foi o primeiro a se desencantar com as grandes causas. Você era o seu próprio território neutro. Victor Laszlo era o cara engajado. Deve ter morrido cedo e levado alguns outros idealistas com ele, pensando que estavam salvando o mundo para a democracia e os bons sentimentos. Você nunca teve ilusões sobre a humanidade. Era um cínico. Mas também era um romântico. Podia ter-se livrado de Laszlo e ficado com ela, mas preferiu o grande gesto e se igualar a Laszlo aos olhos dela. Por quê?

    “Feliz” nunca é a palavra exata num casamento.

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