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    O mesmo mar

    Por Amós Oz
    Existem 7 citações disponíveis para O mesmo mar

    Sobre

    Intimista e de alta voltagem poética, O mesmo mar surpreende pela elaboração literária e pela profusão e riqueza de suas formas.


    Neste romance introspectivo e poético, as guerras, como de hábito na literatura de Amós Oz, estão presentes. Aqui, contudo, elas não são guerras de quem pega em armas, mas guerras da intimidade. Exemplo disso é o próprio Oz, que no livro aparece no papel de um escritor e faz referência a uma tragédia pessoal: o suicídio de sua mãe, quando ele tinha doze anos.

    A trama acompanha o entrelaçamento de triângulos amorosos. O principal deles gira em torno de Albert Danon, um viúvo sexagenário. Seu filho, Rico, após a morte da mãe, parte para o Tibete em busca de paz interior. Durante sua ausência, a namorada, Dita, aproxima-se do sogro idoso em busca de proteção, mas a relação acaba assumindo caminhos inesperados.

    O mesmo mar surpreende antes de tudo pelo alto grau de elaboração literária, pela profusão e riqueza de suas formas. O enredo vai se revelando numa sequência de seções curtas, compostas às vezes no tom casual e ameno das conversas de todo dia, às vezes como parábola bíblica, fábula, sonho ou poema. O mundo em que vivem as personagens de Amós Oz é barulhento, mas o romance, paradoxalmente, cria um intimismo que convida os leitores a se concentrarem no que elas estão dizendo.

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    Citações de O mesmo mar

    se você às vezes parar de falar, talvez as coisas consigam às vezes falar com você.

    você se casar comigo, eu também me caso com você.

    na verdade cada um está condenado a esperar pela sua própria morte preso numa gaiola separada.

    Cada um tem seu próprio cativeiro. As grades separam cada um de todos os outros.

    Quando existe amor é tudo diferente, mas como explicar as borboletas para uma tartaruga.

    PÁSSARO Nádia Danon. Pouco antes de morrer, um pássaro num ramo de árvore a acordou. Às quatro da manhã, antes de clarear o dia, narimi narimi, disse o pássaro. Acorda, acorda.   O que serei eu depois que morrer? Um som, um aroma, ou nada. Comecei uma toalhinha. Talvez ainda termine. O doutor Salatiel está otimista: o quadro é estável, diz. Talvez o esquerdo esteja um pouquinho menos bem. O direito está ótimo. As radiografias são nítidas. A senhora pode ver: não se nota nenhuma ramificação.   Às quatro da manhã, antes do dia clarear, Nádia Danon começa a recordar. Queijo de ovelha. Copo de vinho. Cacho de uvas. O cheiro da tarde lenta nas colinas de Creta, O gosto da água fria, o sussurro dos pinheiros, a sombra das montanhas cai sobre toda a planície, narimi narimi, cantou o pássaro. Vou me sentar e bordar. Antes do amanhecer, eu termino.

    Se você às vezes parar um pouco de falar, me disse certa vez minha professora Zelda quando eu tinha mais ou menos sete anos, talvez as coisas consigam às vezes falar com você. Muito

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