Meu mestre imaginário é o segundo livro teórico de Autran Dourado, resultado em parte do curso de teoria literária que ministrou na PUC do Rio de Janeiro na década de oitenta. Através de pequenos ensaios, o autor enfoca as técnicas utilizadas nas obras de grandes nomes da literatura como Flaubert, Stendhal, Machado de Assis, Homero, Sófocles, Ésquilo e muitos outros. Atribuídos a Erasmo Rangel, alter ego de Autran Dourado e seu mestre imaginário, os ensaios resultam em um trabalho atemporal, imaginoso, diletante, mutável como o vento. Erasmo Rangel não dá a mínima para os formalismos e para a rigorosidade acadêmica, pulando de assunto para assunto conforme lhe dá na telha, mas sempre demonstrando um imenso conhecimento literário e uma incrível capacidade de ler nas entrelinhas. 'De antemão não sei escrever qualquer coisa, vou no vai-da-pena', revela o mestre imaginário, entre uma observação sobre Proust e outra sobre a psicanálise.
Evidentemente influenciado por Wittgenstein e pela filosofia da linguagem, que na segunda metade do século XX se difundiu entre os teóricos brasileiros, várias vezes suas observações transcendem o campo da literatura para tratar da linguagem como um todo, das condições de significabilidade das expressões, da metafísica do texto e do sentido da tragédia. Meu mestre imaginário é um delicioso passeio literário e filosófico, repleto de visões e interpretações originais de algumas das obras mais importantes da história.
Evidentemente influenciado por Wittgenstein e pela filosofia da linguagem, que na segunda metade do século XX se difundiu entre os teóricos brasileiros, várias vezes suas observações transcendem o campo da literatura para tratar da linguagem como um todo, das condições de significabilidade das expressões, da metafísica do texto e do sentido da tragédia. Meu mestre imaginário é um delicioso passeio literário e filosófico, repleto de visões e interpretações originais de algumas das obras mais importantes da história.