"Na conjuntura, porém, em que se passavam os sucessos contidos nesta narrativa, as tréguas assentadas entre Portugal e Castela tinham dado ensejo ao privado íntimo de D. João I para se dedicar exclusivamente às intrigas políticas e às outras ocupações análogas, que são o recreio, o cómodo, o alimento, a respiração e a vida do estadista e do cortesão. Excepto nas horas do sono, quase que em nenhuma outra parte, durante esta calma da guerra, se podia ver o chanceler João das Regras, a quem já, sem dúvida, o leitor percebeu que aludimos, senão ou no gabinete particular dos Paços de S. Martinho, de que tinha as chaves, ou atravessando rápido e cabisbaixo alguma das tenebrosas ruas que retalhavam o terreno entre as igrejas de S. Martinho e de Santa Marinha, perto da qual era, segundo parece, a residência do célebre jurisconsulto."
Texto segundo o Novo Acordo Ortográfico.
O Monge de Cister – II
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