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    O Mulato

    Por Aluísio Azevedo

    Sobre

    Em O mulato, publicado no ano de 1881, Aluísio Azevedo deixa marcado, pela ambiência e cenário da obra, o preconceito racial maranhense, além de demonstrar os abusos eclesiásticos que se escondiam, como por salvo-conduto, na batina e na suposta santidade de um homem por ter-se tornado um padre. O fato de retratar as contradições e intolerâncias maranhenses explica por que a obra foi recebida de maneira entusiástica pela crítica literária na corte e nas províncias e renegada no Maranhão. O mulato consagra também a escrita naturalista de Aluísio Azevedo, situando o autor como o maior representante deste estilo no Brasil. Pode-se dizer que a escrita naturalista impressa na obra inaugura uma nova fase para a literatura brasileira, libertando-a, como solução, dos impasses trazidos pelo Romantismo. Ao ler o livro de Azevedo, exuberante pela crueza naturalista, pode-se ?sentir? a dor desesperada de um homem cujo único desvio de caráter foi ter nascido mulato. Raimundo, homem culto e rico, formado na Europa e acostumado às liberdades e refinamentos que somente a vida instruída pode trazer, descobre, ao retornar à pátria, a impossibilidade de realizar uma paixão pelas amarras irremediáveis que as correntes sociais criaram diante da comprovação de sua ascendência negra: ele era filho de uma escrava! Raimundo tem, então, que suportar o peso da intolerância de uma sociedade em que o valor maior do ser humano era nascer branco... E nada do que fizesse ou alegasse faria mudar o preconceito entranhado naquelas pessoas. Diante de tão ?irremediável? destino, resta ao autor entregar ?seu? protagonista aos desígnios deterministas da marca naturalista...
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