O mundo é o que é, sim, mas não é possível enxergá-lo apenas a partir do que ele nos apresenta. Para encontrá-lo, é preciso antes encontrar-se. Fugir das idéias fáceis, dos caminhos marcados, do véu das aparências. Olhar para dentro é muito mais difícil do que olhar para fora. É esse exercício que nos propõe o filósofo gaúcho Gilmar Marcílio, em crônicas que percorrem com sensibilidade e inteligência as artérias da alma humana, das relações afetivas e da sociedade moderna. Um convite para refletir e admirar a vida, sem fórmulas ou teorias, porque o mundo não é um paraíso metodológico. O mundo é cheio de contradições e incertezas. De casamentos e separações. De coisas palpáveis e de ilusões. E são essas experiências que vão construir a personalidade de cada um. Saber viver é encontrar-se consigo mesmo e deixar que a fluidez do tempo e do que nos cerca nos transforme em pessoas melhores. Como uma cobra que larga a pele, o ser humano também pode se renovar. Pode aprender a contemplar a própria existência, sem tanta angústia ou preocupação. Para Gilmar Marcílio, às vezes importar-se menos significa saber usufruir mais. O mundo é o que é, sim. Com suas celebrações e seus encontros, com seu silêncio e seu sofrimento. Mas é possível ser feliz ? muito feliz ? nele.
O Mundo é o que é
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