O Peixe-voador e o Colibri
Esse romance de JH Henriques tem temática juvenil. Entretanto, é livro pensado de forma rara e conta a história de um garoto nos tempos em que adolesce e começa a perceber as belezas e nuances de uma figura feminina. Por ser caçula e viver em família convencional, tem no irmão primogênito o espelho para algumas de suas ações. Apesar disso, está sempre em um plano inferior ao do mais velho quando se trata de pormenorizar as preferências femininas. Esse romance trata a história assim proposta sem, medo e sem qualquer tipo de preconceito. Há uma divisão sucinta e muito tênue entre a vida infantil, norteado pelas atividades lúdica, e aquela sugerida pela eclosão de um tempo novo, a adolescência. Descrito na primeira pessoa do singular, portanto, tomando as rédeas da história para si mesmo, o autor tem o cuidado de não se envolver na trama, fazendo assim com que o texto seja literariamente compenetrado e sem jaças. Um trecho inicial do romance, somente para se ter idéia do conteúdo. Quando entrei na casa dos quatorze anos de idade, pressupus que a vida tinha limites muito estranhos para ser decifrada. Buscava a imagem de fatos acontecidos, imaginava que a cada dia mais uma novidade faz a capacidade de uma criatura pensar. Olhava em direção a todos os pontos cardeais, media as graduações da existência, o que me tinha acontecido até aqueles dias, sentia que metade do meu tempo passei a escolher as coisas que me interessavam e a outra metade passei a dormir.
Esse romance de JH Henriques tem temática juvenil. Entretanto, é livro pensado de forma rara e conta a história de um garoto nos tempos em que adolesce e começa a perceber as belezas e nuances de uma figura feminina. Por ser caçula e viver em família convencional, tem no irmão primogênito o espelho para algumas de suas ações. Apesar disso, está sempre em um plano inferior ao do mais velho quando se trata de pormenorizar as preferências femininas. Esse romance trata a história assim proposta sem, medo e sem qualquer tipo de preconceito. Há uma divisão sucinta e muito tênue entre a vida infantil, norteado pelas atividades lúdica, e aquela sugerida pela eclosão de um tempo novo, a adolescência. Descrito na primeira pessoa do singular, portanto, tomando as rédeas da história para si mesmo, o autor tem o cuidado de não se envolver na trama, fazendo assim com que o texto seja literariamente compenetrado e sem jaças. Um trecho inicial do romance, somente para se ter idéia do conteúdo. Quando entrei na casa dos quatorze anos de idade, pressupus que a vida tinha limites muito estranhos para ser decifrada. Buscava a imagem de fatos acontecidos, imaginava que a cada dia mais uma novidade faz a capacidade de uma criatura pensar. Olhava em direção a todos os pontos cardeais, media as graduações da existência, o que me tinha acontecido até aqueles dias, sentia que metade do meu tempo passei a escolher as coisas que me interessavam e a outra metade passei a dormir.