Autor frequente nas listas de best-sellers brasileiros, Gabriel Chalita é conhecido por sua competência literária: passeia com desenvoltura por uma diversidade de gêneros, do ensaio à poesia, do texto epistolar à ficção, do teatro a obras jurídicas. Qualquer que seja o estilo adotado, porém, um tema parece sempre ecoar em grande parte da sua encorpada bibliografia – a filosofia.
Lançamento da Editora Globo, O pequeno filósofo apresenta ao leitor uma reflexão filosófica sobre os assuntos mais complexos, revestidos de uma linguagem acessível a um público amplo. Com simplicidade, essa delicada obra de ficção se configura como uma verdadeira aula acerca do método socrático. A técnica de investigação filosófica criada por Sócrates – e que segue em uso até hoje – baseia-se em diálogos nos quais, por meio de perguntas simples, o mestre conduz o aluno a aprender, a pensar por si mesmo e a descobrir seus próprios valores.
O livro é quase todo constituído de diálogos entre dois personagens: narrador e o pequeno filósofo. Pouco se diz a respeito deles. Ao longo da narrativa e das conversas o narrador revela-se aos poucos, timidamente. Nada é explícito. Toda a história transcorre em clima onírico, sem tempo nem lugar definidos, como se tudo fosse mantido fora de foco para dar todo o destaque ao embate de ideias provocado pelo pequeno filósofo.
A prosa poética de Chalita encontra, aqui, seu correspondente iconográfico nas belas ilustrações assinadas por Thais Linhares. Texto e imagens contribuem para sublinhar a associação sugerida pelo autor já no título do livro.
O pequeno filósofo
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