As aventuras, encontros e tormentos que marcam as personagens do universo literário de Nagib Jorge Neto são o retrato de um Brasil violentamente desigual, distante e, muitas vezes, esquecido. Apesar de transbordarem da ficção desse grande escritor, contista e jornalista, as histórias contidas em “O Presidente de Esporas” mostram bem uma época de sonhos, milagres, amores e gente. Gente brasileira.
Escritos no final dos anos 60 e início dos anos 70, os contos de Nagib em “O Presidente” revelam a percepção de um artista sensível e de visão lúcida, realista, sobre a nossa gente. Da ficção do contista maranhense – pernambucano por adoção –, brotam personagens quase reais de tão marcados os traços desse povo heroico, nordestino, há muito esquecido das autoridades.
São histórias universais de homens e mulheres, lançados às desventuras da existência, lutando para superar as desigualdades. Da peleja para o reencontro de si mesmos na longa jornada amorosa da vida. Essa gente feita de carne, cheiro e paixão, que brota da ficção de Nagib, é o sal-doce da nossa identidade nacional.
O leitor vai encontrar uma obra-prima. A primeira edição de “O Presidente” saiu em 1972, em plena inversão da vida política nacional. Chegou à cena num período de tormento, quando militares rasgaram os lençóis da vida democrática nacional para jogar o país no breu por longos 21 anos. Daí o estilo alegórico que pontua a prosa de Nagib e sua opção pelo mergulho no realismo fantástico em equilíbrio com linguagem forte e direta.
A segunda edição deste excepcional livro de contos – que arrancou, na estréia de Nagib, elogios entusiasmados de Carlos Drummond de Andrade e Ariano Suassuna, entre outros – só viria a ser lançada em 1985. Era exatamente na saída do regime autoritário, mantido por esbirros, com alianças de grupos e promessas de mudanças nas práticas de nossa frágil democracia.
Esgotado desde então, “O Presidente” finalmente ganha sua primeira edição digital, em pleno século 21.
Sobre o Autor
Nagib Jorge Neto é natural de Olho D’água, distrito de Pedreiras, no Maranhão. Começou sua vida profissional como repórter em São Luís, na Rádio Timbira, em 1958. Mas já atuava em 1956, ano em que – juntamente com José Carlos Brandão Monteiro, jornalista, advogado, ex-deputado federal e Secretário de Estado no Rio – redigia, editava e vendia o jornal "Tribuna Estudantil".
Em 1959 entra no "Jornal do Dia", colabora com o "Jornal Pequeno", o "Tribuna Estudantil", órgão da União Maranhense dos Estudantes Secundários, que presidiu entre 1958 e 1959. Entre 1961 e 1963, assume a Secretaria de Redação do "Jornal do Povo", de propriedade do jornalista Neiva Moreira e dirigido pelo poeta Bandeira Tribuzzi.
No Golpe de 64, com o "Jornal do Povo" fechado, deixa São Luís e passa a integrar, com ajuda do poeta Lago Burnett, a equipe do "Jornal do Brasil", na sucursal do Recife. Depois, passa a colaborar com as revistas "Realidade" e "Veja", "Jornal da Tarde", "Jornal do Commercio" e "Jornal da Semana", do qual foi editor chefe. Em 1968, com o texto “O Progresso Do Nordeste e A Difícil Vez De José”, publicado no JB e no Jornal do Commercio, ganha o Prêmio Esso Nacional de Informação Econômica.
Como jornalista, publicou os livros "Longe do País dos Sonhos" (reportagens, histórias, 1981); "Que Zorra, Camarada!" (textos políticos, 1991) e participou da elaboração do livro "Onde Está Meu Filho?" (1982), que enfoca o desaparecimento de Fernando Santa Cruz e Eduardo Collier.
Ainda publicou "Elogio da Resistência", na coleção “Perfil Parlamentar, Século XX”, da Assembleia Legislativa de Pernambuco, sobre as idéias e lutas do advogado, escritor, político e militante comunista Paulo Cavalcanti.
Na ficção publicou "As Três Princesas Perderam o Encanto na Boca da Noite", "O Presidente de Esporas" e "O Cordeiro Zomba do Lobo", além do romance "A Fantasia da Redenção".
Escritos no final dos anos 60 e início dos anos 70, os contos de Nagib em “O Presidente” revelam a percepção de um artista sensível e de visão lúcida, realista, sobre a nossa gente. Da ficção do contista maranhense – pernambucano por adoção –, brotam personagens quase reais de tão marcados os traços desse povo heroico, nordestino, há muito esquecido das autoridades.
São histórias universais de homens e mulheres, lançados às desventuras da existência, lutando para superar as desigualdades. Da peleja para o reencontro de si mesmos na longa jornada amorosa da vida. Essa gente feita de carne, cheiro e paixão, que brota da ficção de Nagib, é o sal-doce da nossa identidade nacional.
O leitor vai encontrar uma obra-prima. A primeira edição de “O Presidente” saiu em 1972, em plena inversão da vida política nacional. Chegou à cena num período de tormento, quando militares rasgaram os lençóis da vida democrática nacional para jogar o país no breu por longos 21 anos. Daí o estilo alegórico que pontua a prosa de Nagib e sua opção pelo mergulho no realismo fantástico em equilíbrio com linguagem forte e direta.
A segunda edição deste excepcional livro de contos – que arrancou, na estréia de Nagib, elogios entusiasmados de Carlos Drummond de Andrade e Ariano Suassuna, entre outros – só viria a ser lançada em 1985. Era exatamente na saída do regime autoritário, mantido por esbirros, com alianças de grupos e promessas de mudanças nas práticas de nossa frágil democracia.
Esgotado desde então, “O Presidente” finalmente ganha sua primeira edição digital, em pleno século 21.
Sobre o Autor
Nagib Jorge Neto é natural de Olho D’água, distrito de Pedreiras, no Maranhão. Começou sua vida profissional como repórter em São Luís, na Rádio Timbira, em 1958. Mas já atuava em 1956, ano em que – juntamente com José Carlos Brandão Monteiro, jornalista, advogado, ex-deputado federal e Secretário de Estado no Rio – redigia, editava e vendia o jornal "Tribuna Estudantil".
Em 1959 entra no "Jornal do Dia", colabora com o "Jornal Pequeno", o "Tribuna Estudantil", órgão da União Maranhense dos Estudantes Secundários, que presidiu entre 1958 e 1959. Entre 1961 e 1963, assume a Secretaria de Redação do "Jornal do Povo", de propriedade do jornalista Neiva Moreira e dirigido pelo poeta Bandeira Tribuzzi.
No Golpe de 64, com o "Jornal do Povo" fechado, deixa São Luís e passa a integrar, com ajuda do poeta Lago Burnett, a equipe do "Jornal do Brasil", na sucursal do Recife. Depois, passa a colaborar com as revistas "Realidade" e "Veja", "Jornal da Tarde", "Jornal do Commercio" e "Jornal da Semana", do qual foi editor chefe. Em 1968, com o texto “O Progresso Do Nordeste e A Difícil Vez De José”, publicado no JB e no Jornal do Commercio, ganha o Prêmio Esso Nacional de Informação Econômica.
Como jornalista, publicou os livros "Longe do País dos Sonhos" (reportagens, histórias, 1981); "Que Zorra, Camarada!" (textos políticos, 1991) e participou da elaboração do livro "Onde Está Meu Filho?" (1982), que enfoca o desaparecimento de Fernando Santa Cruz e Eduardo Collier.
Ainda publicou "Elogio da Resistência", na coleção “Perfil Parlamentar, Século XX”, da Assembleia Legislativa de Pernambuco, sobre as idéias e lutas do advogado, escritor, político e militante comunista Paulo Cavalcanti.
Na ficção publicou "As Três Princesas Perderam o Encanto na Boca da Noite", "O Presidente de Esporas" e "O Cordeiro Zomba do Lobo", além do romance "A Fantasia da Redenção".