O que me faz pular
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Em poucas palavras, aprendi que cada ser humano, com ou sem deficiências, precisa se esforçar para fazer o melhor possível e, ao lutar para conseguir a felicidade, ele a alcança. Veja bem, para nós o autismo é normal, então não temos como saber o que os outros chamam de “normal”. Porém, a partir do momento em que aprendemos a nos amar, não sei bem se faz diferença termos autismo ou não.
A conclusão é que tanto a escassez emocional quanto a aversão de companhia não são sintomas do autismo, mas consequências dele, do áspero aprisionamento dentro de si mesmo e da quase completa ignorância da sociedade sobre o que acontece na cabeça do autista.
De modo geral, para um autista o fato de ser tocado significa que outra pessoa está exercendo controle sobre um corpo que nem mesmo seu dono é capaz de controlar direito. É como se perdêssemos o que somos. Pense nisso, é apavorante!
Não se pode julgar uma pessoa pela aparência. Mas, a partir do momento em que você entende o que acontece dentro do outro, vocês dois podem se tornar bem mais próximos.
Seria de grande ajuda para nós se todos pudessem nos chamar pelos nomes primeiro para atrair nossa atenção e só então começar a conversar.
compromissos e seus horários e duração permaneçam registrados de forma muito intensa em nossa memória. E, quando isso acontece, nos sentimos pressionados, pois não sabemos se o que estamos fazendo condiz com a agenda. No meu caso, acabo olhando a hora com tanta frequência que não consigo mais apreciar o que acontece ao redor.
Nós, crianças com autismo, gostaríamos que vocês cuidassem de nós — ou seja, “por favor, nunca desistam de nós”. E a razão pela qual digo “cuidassem de nós” é que ficamos mais fortes só pelo fato de vocês estarem por perto e atentos.
Se isso não fosse suficiente, o relato, mesmo que de forma involuntária, desautoriza um dos mais tenebrosos mitos sobre o autismo: que as pessoas com essa condição são solitários antissociais e desprovidos de empatia. Naoki reitera várias vezes que não, ele valoriza muito a companhia dos outros. No entanto, como a comunicação é tão repleta de problemas, autistas tendem a acabar isolados num canto, e os que os veem ali pensam: “Ahá, aí está um sinal clássico de autismo.” Da
Os autistas passam a vida inteira tentando aprender como simular as funções (esses “editores”) com que a genética, como direito de nascença, presenteou o resto de nós. É uma tarefa intelectual e emocional de proporções hercúleas, sisíficas e titânicas, e, se aqueles que a realizam não são heróis, não faço ideia do que tal palavra significa, mesmo que esses heróis não tenham escolha. A própria consciência não é algo garantido, e sim um condicionamento construído, tijolo por tijolo, que requer manutenção constante. Como