O Romance Português Comtemporâneo 1950-2010
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Ou seja, são definitivamente expulsos do romance português do século XX ao longo da década de 50 os conceitos enformadores e estruturais da «unidade narrativa» enquanto unidade coerente e coesa de uma multiplicidade de elementos constituintes (personagens, ação, tempo e espaço — como os elementos mais importantes), ou, dito de outro modo, a unidade clássica estética aristotélica.
A partir de meados da década de 80, o panorama militante do romance português foi substituído pelo caráter errático tanto dos seus conteúdos quanto de algum experimentalismo formal. Com efeito, hoje mais do que nunca, existe uma total ausência de mensagem social e uma total ausência de «moralidade» no romance, compensadas pelo abandono a uma deriva centrada no jogo lúdico-estético do texto (cujo efeito maior reside nos recentes romances de A. Lobo Antunes