“O Sargento, o Marechal e o Faquir”, de Rafael Guimaraens, resgata a trajetória do sargento Manoel Raymundo Soares, vítima do chamado “Caso das Mãos Amarradas”, que completa 50 anos, em 13 de agosto de 2016. Utilizando uma narrativa de romance político-policial, o autor traça um perfil do personagem, nascido de uma família muito pobre de Belém do Pará, que mudou-se para o Rio de Janeiro para servir ao Exército e se tornou um dos líderes do movimento dos sargentos pelas reformas de base, durante o Governo João Goulart, e contra a ditadura implantada em 1964, após sua expulsão do Exército.
A segunda parte do livro mostra a investigação policial em torno do assassinato do ex-sargentoem agosto de 1966, após permanecer cinco meses preso ilegalmente na Ilha do Presídio,em Porto Alegre. Autodidata, culto, politizado e amante da música clássica, Manoel Raymundo Soares foi detido em uma emboscada, traído pelo ex-faquir Edu Rodrigues, um informante da repressão, quando tentava protestar contra a presença do marechal Castelo Branco em Porto Alegre. Resistiu a dez dias de torturas ininterruptas sem delatar seus companheiros. As investigações responsabilizaram o DOPS gaúcho pelo crime, mas somente 30 anos depois sua viúva conseguiu responsabilizar a União pela morte de Soares.
“O Sargento, o Marechal e o Faquir” tem 272 páginas, incluindo um caderno de fotos e reprodução de documentos relativos ao caso, e conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal. Rafael Guimaraens é autor de doze livros relacionados à preservação da memória, como “Tragédia da Rua da Praia”, “Teatro de Arena – Palco de Resistência”, “Unidos Pela Liberdade” e “A Enchente de 41”, e editor de “Coojornal – Um Jornal de Jornalistas Sob o Regime Militar”, com Elmar Bones e Ayrton Centeno, e “Os Filhos Deste Solo – Olhares Sobre o Povo Brasileiro”.
A segunda parte do livro mostra a investigação policial em torno do assassinato do ex-sargentoem agosto de 1966, após permanecer cinco meses preso ilegalmente na Ilha do Presídio,em Porto Alegre. Autodidata, culto, politizado e amante da música clássica, Manoel Raymundo Soares foi detido em uma emboscada, traído pelo ex-faquir Edu Rodrigues, um informante da repressão, quando tentava protestar contra a presença do marechal Castelo Branco em Porto Alegre. Resistiu a dez dias de torturas ininterruptas sem delatar seus companheiros. As investigações responsabilizaram o DOPS gaúcho pelo crime, mas somente 30 anos depois sua viúva conseguiu responsabilizar a União pela morte de Soares.
“O Sargento, o Marechal e o Faquir” tem 272 páginas, incluindo um caderno de fotos e reprodução de documentos relativos ao caso, e conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal. Rafael Guimaraens é autor de doze livros relacionados à preservação da memória, como “Tragédia da Rua da Praia”, “Teatro de Arena – Palco de Resistência”, “Unidos Pela Liberdade” e “A Enchente de 41”, e editor de “Coojornal – Um Jornal de Jornalistas Sob o Regime Militar”, com Elmar Bones e Ayrton Centeno, e “Os Filhos Deste Solo – Olhares Sobre o Povo Brasileiro”.