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    O xangô de Baker Street

    Por Jô Soares
    Existem 9 citações disponíveis para O xangô de Baker Street

    Sobre

    Neste livro hilariante, Jô Soares alia uma rigorosa pesquisa histórica sobre a vida no Rio de Janeiro do Segundo Reinado à sua inventividade sem fronteiras. Romance "cômico-policial", O Xangô de Baker Street constitui uma engraçada mistura de cenário muito preciso do passado - a capital do país por ocasião da primeira visita da legendária atriz francesa Sarah Bernhardt -, figuras conhecidas da história política e cultural do país - como Olavo Bilac, Chiquinha Gonzaga, Paula Nei, d. Pedro II -, e personagens de ficção - Sherlock Holmes e o indefectível dr. Watson, importados para desvendar o desaparecimento inconveniente de um violino Stradivarius que deixara o imperador em sérios apuros. Mas as ilustres criaturas de Conan Doyle acabam sendo requisitadas para solucionar uma série de crimes hediondos e enigmáticos. O resultado é um livro delicioso, em que as modas e os costumes da capital imperial no século XIX vêm acompanhados de algumas suposições mais ousadas, como a de o Brasil ser o berço do primeiro serial killer da história. Por sua vez, o texto vai do jocoso dos diálogos e da gozação do francesismo brasileiro de então ao hilariante de diversas cenas, e revelações estarrecedoras sobre a vida alimentar, farmacológica e sexual do famoso detetive da rua Baker. O Sherlock de Jô descobrirá as delícias sensuais dos trópicos, aprenderá alguns costumes nativos, exercerá seus brilhantes dotes dedutivos (para espanto e incredulidade dos pobres mortais), mas será obrigado a admitir que os crimes abaixo do Equador não são tão elementares, meu caro leitor.
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    Citações de O xangô de Baker Street

    Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga,

    jeunesse intelligente et généreuse de Saint Paul ne sait pas cacher ce qu’elle sent”.

    Terminou o Congresso Antropológico de Roma, que teve por fim remir o homem do vício e do crime. Os vários especialistas que participaram do ilustre congresso concluíram que o criminoso é antes de tudo um retardado,

    “Se a versão é mais pitoresca do que o fato, conte-se a versão”.

    — Oh, Dio, Dio, Dio… A baronesa nunca vai me perdoar! O que vou fazer da minha vida?! — E, como bom italiano, começou a bater com a cabeça violentamente contra a parede.

    Interessante, Watson. Imagine que o imperador do Brasil Pedro II nos convida para ir ao Rio de Janeiro, a capital. — Como? A capital do Brasil não é Buenos Aires? — espantou-se Watson.

    É portanto necessário, antes de se prepará-lo, cortar-se a cabeça ao réptil, depois tirar-se-lhe o couro, e finalmente abri-lo e limpá-lo. Divide-se, então, a cobra em pedaços, refoga-se com duas colheres de gordura e uma cebola picada; apolvilha-se com uma colher de farinha de trigo, e uma xícara de água, sal, salsa, pimentas, e um pouco de noz-moscada rapada. Deixa-se ferver perto do fogo, até cozer, tendo incorporado ao molho duas gemas de ovos desfeitas num cálice de vinho. A carne das cobras vivíparas é preferível à carne das ovíparas, e entre as cobras vivíparas, é a da cascavel a mais delicada e saborosa”.

    “a incúria da administração pública conduz à morte degradante os estabelecimentos públicos mais rapidamente do que os estragos produzidos pelos anos e intempéries”.

    “Prezado chefe, no momento em que leres estas mal traçadas linhas, estarei me preparando para executar linhas mais bem traçadas no corpo de outra catraia. O que é preciso para que me descubram? Que assine meu nome por extenso nas carcaças dessas putas? Pensei que o inglês fosse mais esperto do que tu para ler as minhas pistas, mas, pelo visto, é tão burro que merecia orelhas maiores do que todas as que já cortei, juntas. Espero que estejam se divertindo tanto quanto eu. Façam logo alguma coisa, pois estou com fome, muita fome, e ainda me resta uma corda no violino. Falando em corda, cordiais saudações, nos dois sentidos”. Está assinado “Oluparun”.

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