Os arquivos Snowden: a história secreta do homem mais procurado do mundo
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“o comentário é livre, mas os fatos são sagrados”, ainda é o princípio base do Guardian.
A intrincada teia da internet tornou-se secretamente o que Julian Assange viria a chamar, sem muito exagero, de “a maior máquina de espionagem que o mundo já viu”.
A reação mais veemente veio do Brasil. Em outubro, Dilma Rousseff anunciou planos para a construção de um novo cabo submarino ligando a América do Sul à Europa. Isso, na teoria, excluiria os Estados Unidos da triangulação das comunicações, tornando mais difícil para a NSA obter informação brasileira. A presidenta também ponderou sobre uma legislação que forçaria o Google e outros gigantes da tecnologia dos EUA a armazenar dados de usuários brasileiros em servidores locais.
Snowden usou a palavra “panóptico”, termo significativo cunhado por Jeremy Bentham, filósofo e codificador britânico do século XVIII.
Aponta que atualmente a NSA mantém relações com mais de “cem empresas norte-americanas”. Essa colaboração entre setor privado e agências de espionagem “tem origem na Segunda Guerra Mundial”.
Obama, pré-candidato democrata e logo presidente dos EUA, votou a favor da FAA em 9 de julho de 2008.
O Google se orgulhava de seu mote “Não seja mau”; a Apple usava o imperativo de Jobs “Pense diferente”; a Microsoft tinha como lema “Sua privacidade é nossa prioridade”. Esses slogans corporativos então pareciam se virar contra seus criadores com risadas zombeteiras.
Qualquer analista, em qualquer momento, pode tornar alguém um alvo. Qualquer um pode ser selecionado, em qualquer lugar.
O programa ultrassecreto PRISM permite que a comunidade de inteligência dos EUA tenha acesso a uma grande quantidade de informações digitais – e-mails, postagens do Facebook e mensagens instantâneas. A lógica é que o PRISM é necessário para rastrear terroristas estrangeiros que vivem fora os EUA. O programa de coleta de dados evidentemente não exige mandados individuais. Em vez disso, juízes federais dão ampla aprovação ao PRISM sob a FISA. No momento em que Snowden revelou a existência do PRISM, pelo menos nove empresas de tecnologia estavam associadas ao programa. (Os slides da apresentação mostram que o Dropbox estava programado para se juntar; o Twitter não era mencionado.) A questão mais delicada e controversa é a forma como a NSA acessa esses dados pessoais. Um slide-chave afirma que o dado é coletado “diretamente dos servidores” de nove prestadores de serviços dos EUA: Google, Yahoo, entre outros.
Um de seus casos é da época de um dos capítulos mais obscuros da era Tony Blair. Em 2004, o islâmico líbio Sami al-Saadi chegou a Hong Kong com a esposa e a família. Ele achou que estava viajando de volta para o Reino Unido, seu antigo lar. Em vez disso, o MI6, trabalhando estreitamente com os serviços de inteligência de Muammar Gaddafi, o colocou em um avião e o mandou de volta para Trípoli. Lá, Saadi foi interrogado, torturado e preso. Pouco tempo depois, Blair, então primeiro-ministro, fez um acordo com o ditador líbio. O papel indigno no MI6 no acordo veio à tona, depois da queda de Gaddafi, em 2011.
“Por favor, não fazer nenhuma referência à atividade de espionagem. É vital que miranda não saiba a razão de sua parada no aeroporto.”
“No fim das contas, nada é sagrado, exceto a integridade da própria consciência.” RALPH WALDO EMERSON,