Continuo achando que um livro deveria ser escrito com o maior respeito possível à nossa língua. Acontece que não sou dono, senão, de minhas verdades. Além do mais, OS HUMILDES se apresenta como uma denúncia contra nossos governantes, que não reconhecem que somente mudando a mentalidade do povo através da educação se conseguirá combater os males que ora afligem este país. Jamais haverá choque ou pacote que resolva os problemas econômicos de uma nação viciada no ?salve-se quem puder?; de um povo que tem todos os motivos do mundo para não acreditar mais nas promessas enganosas de seus governantes. Entre todos meus funcionários, apenas dois ou três sabiam, sofrivelmente, ler e escrever. Os demais nem assinavam o próprio nome. Diante disto, devemos sonhar com o 1º, ou com o 4º mundo?
Muitos dos diálogos foram gravados para que a fidelidade de expressão fosse resguardada. É claro que os protagonistas são heterogêneos: capixabas, paraenses, baianos, maranhenses, piauienses, goianos, mineiros... enfim, gente que apesar de conviver no Maranhão, ainda carrega resquícios de sua terra natal.
Preferi, na maioria das vezes, usar os apelidos com que se chamavam. A história é verídica no que tange aos fatos e personagens. Apenas as datas e os locais nem sempre são precisos.
O que quis deixar explícito neste livro foi a capacidade de raciocínio, embora sem cultura escolar, das pessoas humildes. Quis deixar bem claro ? a todos aqueles que mantêm o poder político ou financeiro ? que as pessoas humildes não são animais grotescos que se deixam levar passivamente, mas sim, que se permitem explorar por ser impotentes ante o poderio econômico dos dominantes.
Eles sabem que não têm opção e então se sujeitam à humilhação de um salário mínimo; ou não se sujeitam e partem para a marginalidade. Têm os mesmos desejos dos que se dizem superiores, mas são obrigados a sufocá-los. A revolta latente, em muitos acabam nascendo.
Diante da prepotência dos considerados grandes, os humildes, às vezes, criam sua própria filosofia de vida, aceitando mais vegetar do que viver dignamente, mas guardando dentro de si uma revolta perigosa que pode aflorar-se a qualquer momento. Aparentemente conformados, eles estabelecem suas normas morais e religiosas, não se importando tanto com as leis ou com o futuro. Mas, lá no fundo de seus corações, eles bem que desejariam crescer e ter um lugar ao sol neste país que e tão grande para uns e tão pequeno para outros; tão rico para uns, tão pobre para outros; tão generoso para uns e tão injusto e cruel para outros.
Quero com este livro prestar minha homenagem aos humildes, pelo que me ensinaram e pelas alegrias que me proporcionaram. Dos ingratos, quero esquecer, não deles, mas das ingratidões. Às vezes, nos damos mais importância da que realmente temos; às vezes, nos damos tanto valor que, se real, muitas celebridades se sentiriam honradas em afivelar nossos sapatos.
Muitos dos diálogos foram gravados para que a fidelidade de expressão fosse resguardada. É claro que os protagonistas são heterogêneos: capixabas, paraenses, baianos, maranhenses, piauienses, goianos, mineiros... enfim, gente que apesar de conviver no Maranhão, ainda carrega resquícios de sua terra natal.
Preferi, na maioria das vezes, usar os apelidos com que se chamavam. A história é verídica no que tange aos fatos e personagens. Apenas as datas e os locais nem sempre são precisos.
O que quis deixar explícito neste livro foi a capacidade de raciocínio, embora sem cultura escolar, das pessoas humildes. Quis deixar bem claro ? a todos aqueles que mantêm o poder político ou financeiro ? que as pessoas humildes não são animais grotescos que se deixam levar passivamente, mas sim, que se permitem explorar por ser impotentes ante o poderio econômico dos dominantes.
Eles sabem que não têm opção e então se sujeitam à humilhação de um salário mínimo; ou não se sujeitam e partem para a marginalidade. Têm os mesmos desejos dos que se dizem superiores, mas são obrigados a sufocá-los. A revolta latente, em muitos acabam nascendo.
Diante da prepotência dos considerados grandes, os humildes, às vezes, criam sua própria filosofia de vida, aceitando mais vegetar do que viver dignamente, mas guardando dentro de si uma revolta perigosa que pode aflorar-se a qualquer momento. Aparentemente conformados, eles estabelecem suas normas morais e religiosas, não se importando tanto com as leis ou com o futuro. Mas, lá no fundo de seus corações, eles bem que desejariam crescer e ter um lugar ao sol neste país que e tão grande para uns e tão pequeno para outros; tão rico para uns, tão pobre para outros; tão generoso para uns e tão injusto e cruel para outros.
Quero com este livro prestar minha homenagem aos humildes, pelo que me ensinaram e pelas alegrias que me proporcionaram. Dos ingratos, quero esquecer, não deles, mas das ingratidões. Às vezes, nos damos mais importância da que realmente temos; às vezes, nos damos tanto valor que, se real, muitas celebridades se sentiriam honradas em afivelar nossos sapatos.