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    Os limites do capital

    Por David Harvey
    Existem 6 citações disponíveis para Os limites do capital

    Sobre

    Em Os limites do capital, Harvey une investigação sobre as dinâmicas espaciais do processo de urbanização, interpretação ambiciosa do legado de Marx e sensibilidade aguda para reestruturação econômica em curso. Na nova edição, o autor atualiza sua releitura da crítica da economia política de Marx, com uma discussão substancial em torno da conjuntura política global e da convulsão nos mercados mundiais hoje. Os limites do capital constitui "leitura obrigatória para aqueles que buscam uma compreensão menos superficial da etapa avançada do capitalismo hoje em curso”, afirma Paulani. A obra é considerada peça fundamental para compreender o instigante pensamento de Harvey, com reflexões acerca de alguns de seus mais importantes conceitos como "ajuste espacial” e "acumulação por despossessão”. "A formação de geógrafo fez com que Harvey voltasse sua atenção não apenas para as questões do tempo, cruciais quando se entende que o capital é um movimento (o movimento de valorização), mas também para as questões do espaço, às quais os economistas são, em geral, cegos. Em síntese, Harvey iniciou, ainda no começo dos anos 1980, a investigação sobre como se articulam e como funcionam conjuntamente os diferentes modos de apropriação e de exploração, o sistema financeiro, o comportamento rentista e os desenvolvimentos espaciais desiguais numa dinâmica que, hoje, é o coração do processo de acumulação”, diz Paulani.
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    Citações de Os limites do capital

    Mas as formas mais tradicionais de luta são difíceis de articular, dada a incrível volatilidade do capitalismo contemporâneo, a evidente diminuição da soberania dos Estados individuais sobre suas questões econômicas e a redefinição da ação do Estado em torno da necessidade de cultivar um bom clima de negócios para atrair o investimento.

    Longe da “eutanásia do rentista”, vislumbrada por Keynes, o poder de classe está cada vez mais articulado mediante os pagamentos pelo arrendamento.

    O único consenso parece ser de que o significado do Estado mudou dramaticamente nos últimos trinta anos e que o principal agente de pressão nessa mudança foi algo chamado “globalização”

    “Crise” é o nome que se dá às fases de desvalorização e destruição dos excedentes de capital que não podem ser lucrativamente absorvidos.

    Essa categoria é crucial para a interpretação do capitalismo neoliberal e das formas contemporâneas do capitalismo.

    As soluções que emergiram vitoriosas (embora muito desigualmente) das confusões da década de 1970 estavam amplamente associadas às linhas neoliberais, ou ao chamado “livre mercado”, em que o capital financeiro (em parte devido ao problema do petrodólar) preponderava. Essa vitória não era de forma alguma inevitável e, como agora se torna cada vez mais claro, não ocorreu sem suas próprias contradições e instabilidades internas, tanto políticas quanto econômicas. Mas uma consequência da neoliberalização tem sido altamente previsível. No Livro I d’O capital, Marx mostra que quanto mais uma sociedade se adapta a uma economia desregulada, de livre mercado, mais a assimetria de poder entre aqueles que controlam e aqueles excluídos do controle dos meios de produção produzirá uma “acumulação de riqueza num polo” e uma “acumulação de miséria, o suplício do trabalho, a escravidão, a ignorância, a brutalização e a degradação moral no polo oposto”[1]. Três décadas de neoliberalização produziram precisamente esse resultado desigual. Um argumento plausível pode ser construído, como procurei mostrar em O neoliberalismo: história e implicações, de que as principais facções da classe capitalista fizeram isso desde o início da agenda neoliberalizadora. A elite da classe capitalista emergiu do tumulto da década de 1970, restaurando, consolidando e, em alguns casos, reconstituindo o seu poder no mundo todo. Essa guinada política – a restauração e reconstituição do poder de classe – é tão importante que merece alguns comentários mais detalhados. O poder de classe é, em si, evasivo por ser uma relação social que se esquiva da avaliação direta. Mas uma condição visível e necessária (embora de modo algum suficiente) para o seu exercício é a acumulação de renda e riqueza em poucas mãos. A existência dessas acumulações e concentrações já se fazia notar nos relatórios das Nações Unidas em meados da década de 1990. Comprovou-se então que o patr

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