s Maias foi escrito em dois volumes e publicado em 1888. Conta a história de uma família reduzida a duas pessoas: o elegante, inteligente e civilizado Carlos da Maia e seu rico e austero avô, Afonso da Maia, que o criou e educou, depois da fuga de sua mãe com um aventureiro napolitano e do suicídio de seu pai. É ainda, em grande parte, um painel da vida portuguesa, dos ridículos da sociedade lisboeta, de sua aristocracia ociosa e parasitária, dos políticos vazios e incompetentes, do meio literário e jornalístico. Um quadro completo e ? pode-se dizer ? devastador.
Mas o tema central são os amores de Carlos da Maia. Primeiro, os amores de ocasião que não lhe deixaram sinal. Depois, o grande amor de sua vida: Maria Eduarda. Inexcedível na sua beleza sem rival, mais deusa que mulher. Quando Carlos a viu pela primeira vez, foi um momento de alumbramento. Ambos se apaixonaram perdidamente. Tinham, de fato, nascido um para o outro. Só que o destino ia separá-los por um obstáculo único e intransponível. Nesse desencontro é que está a tragédia de Os Maias.