É como tenente do serviço secreto inglês que Lawrence inicia, em 1914, sua carreira militar no Oriente Médio. A identificação de Lawrence com a causa árabe, cultivada quando ainda trabalhava como arqueólogo às margens do rio Eufrates, torna-o peça importante da manobra britânica para vencer o Império Turco Otomano, aliado da Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial. Como oficial inglês e grande admirador da cultura árabe, aproxima-se de Faiçal, um dos líderes da revolta e filho do xarife de Meca, Hussein ibn Ali. Seus conhecimentos sobre a geografia local e o exército turco, somados aos ideais de soberania da nação árabe, logo conquistam Faiçal e fazem de Lawrence o conselheiro logístico do movimento, general de um exército de dez mil homens. Grande articulador, ele consegue reverter a ocupação do território árabe, impedindo a retaliação turca, através de ações de guerrilha, como explosões de trens e estradas de ferro e aniquilação de reservas materiais. Uma epopéia que só termina com a tomada de Damasco em outubro de 1918. Sem demora Lawrence constata o fracasso de seus ideais. Em 1919 torna-se conselheiro da delegação árabe na Conferência de Paz em Paris, onde vê antigas promessas de reconhecimento da soberania da nação árabe serem desfeitas, com a divisão dos territórios árabe. A convite de Winston Churchill participa, em 1922, da Conferência de Cairo, como conselheiro para assuntos árabes. Em 1935, aos 47 anos, o arqueólogo, escritor e militar morre, vítima de um acidente de motocicleta, em Dorset, Inglaterra.
Os sete pilares da sabedoria
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