Embora seja um dos problemas mais prementes da sociedade contemporânea, a questão dos refugiados ocupa um espaço irrisório na literatura atual, como se os escritores não tivessem nada de relevante a dizer sobre o assunto. Estamos condenados, assim, a conhecer milhões de pessoas através da ótica rasteira e deformadora do jornalismo, que não se preocupa em conferir dignidade (ou mesmo humanidade) aos "exauridos, famintos e sedentos" que se lançam a cada dia no mar incerto em busca de uma sorte menos avara. A empresa de Aurélio Pinotti neste livro é ir contra a maré de ódio e indiferença dos que preferem fechar os olhos e ouvidos aos outros que o mar traz às suas douradas praias.
Outra Odisseia
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