Para deleite dos amantes da poesia, Fátima nos brinda mais uma vez com seus delicados poemas, direcionando-os, desta feita, aos jovens leitores, mas, na verdade, podemos dizer, sem medo de errar, que eles extrapolam qualquer faixa etária e conseguem encantar a todo público leitor, pela maestria com que são feitos, o que, aliás, não surpreende a quem já conhece os seus poemas anteriores, reunidos nos livros, Discurso das Águas (2006), Cores de Outono (2012) e Certa Poesia (2013). Todos eles sempre marcados por uma leveza ? dessa vez tão bem captada pelo ilustrador - e por um colorido extraordinários, para os quais já nos remetem o próprio título dado a esse novo livro ? O Pássaro das Manhãs: Poemas escritos a lápis de cor; por uma exacerbada sensibilidade que se traduz na forma especial como o eu lírico vê e fala da realidade que o rodeia, das lembranças que o assaltam, dos sentimentos que o movem. Há no livro, ainda, uma cuidadosa arquitetura, advinda da tessitura das imagens, da maneira como Fátima trabalha as palavras e as insere, interativamente, no espaço em branco da página, ampliando, desse modo, a significação do texto e a ele imprimindo um alto grau de poeticidade, como só o sabem fazer os verdadeiros poetas.
Pássaro das Manhãs
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