Paulo de Bruno Seabra.
"Caro Bruno. - Mandas-me perguntar o que penso do teu Paulo.
Tu bem sabes que sou um pouco severo com as nossas coisas de literatura, e tua amizade não tem poder nossas ocasiões, porque então não conheço amigos: vejo o livro, não sei do autor.
Portanto, crê-me: sou favorável ao Paulo.
O nosso bom J. mandou-me o original, acompanhando-o uma carta; nesta ele diz-me o que pensa a respeito. Na verdade, aquele coração de poeta, aquela cabeça inspirada que vergou ao peso do mundo, não estudou encômios para dispensar aos amigos.
Não sei que intenções são as tuas, mas dava-te um conselho, se vais imprimir o teu Paulo põe-lhe como prólogo a carta do nosso J., que mais judicioso o não encontrarás.
Aí te envio a carta: ela é que penso de Paulo.
Adeus."
Paulo
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