Navegar é preciso, viver não é preciso!
Como na frase de Pompeu, celebrada no poema de Fernando Pessoa, Pedro Mena não é capaz de calcular com precisão, a história de sua vida.
Mas, é exatamente a surpresa que torna a experiência de viver tão fantástica.
Em uma trama surpreendente que aproxima a Europa do Sertão Nordestino, a bordo do navio que transportou os restos mortais de Napoleão Bonaparte, da Ilha de Santa Helena para a França, nada é constante.
Em um desenrolar de múltiplos acontecimentos que mistura ficção e realidade, a saga da família Anton de Mena emoldura a própria história do Brasil, do Império à República.
Um livro que prende a atenção da primeira linha até a última, com humor e erudição.
A história de Pedro Mena é, também, uma grande homenagem ao sertão, sobretudo o pernambucano, e ao esplendor das artes com referências às obras de Shakespeare, Dante Alighieri, Goethe, Homero, Ariano Suassuna, ao ballet flamenco e, até, uma homenagem velada à música do Pink Floyd.
A sabedoria dos loucos e dos bêbados, a arte e a filosofia no realismo fantástico que mostra que nosso sertão é, também, ibérico e andaluz, marca a estreia de Raimundo Menezes, na literatura.
Raimundo que, assim como a descendência dos Mena, cresceu no sertão que é simples e culto, formou-se advogado para atuar na Advocacia Geral da União e me honrou com o privilégio de poder atuar com ele, enquanto Corregedor na OAB de Pernambuco e eu, Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina daquela entidade.
Agora, Raimundo Menezes nos convida a navegar pelos rios Cadágua, Garrone, São Francisco, Pajeú, a transpor as cachoeiras de Paulo Afonso e conhecer a lenda do Riacho do Navio para, como na canção de Luiz Gonzaga, fazer o caminho inverso, que nos transporta da imensidão do mundo para a nossa casa, “saindo lá do mar pro riacho do navio” e se encantar com a sabedoria que somente uma vida imprecisa é capaz de nos dar.
Boa leitura!
Por Catarina Oliveira - Advogada e Professora de Direito Civil
P.S. Um romance realista fantástico que começa no Norte da Espanha, passa por Bordeaux, Lisboa, Madeira, Salvador e vai terminar no Vale do Pajeú, onde as cidades de Floresta, Mirandiba, Belmonte e Serra Talhada se encontram.
Como na frase de Pompeu, celebrada no poema de Fernando Pessoa, Pedro Mena não é capaz de calcular com precisão, a história de sua vida.
Mas, é exatamente a surpresa que torna a experiência de viver tão fantástica.
Em uma trama surpreendente que aproxima a Europa do Sertão Nordestino, a bordo do navio que transportou os restos mortais de Napoleão Bonaparte, da Ilha de Santa Helena para a França, nada é constante.
Em um desenrolar de múltiplos acontecimentos que mistura ficção e realidade, a saga da família Anton de Mena emoldura a própria história do Brasil, do Império à República.
Um livro que prende a atenção da primeira linha até a última, com humor e erudição.
A história de Pedro Mena é, também, uma grande homenagem ao sertão, sobretudo o pernambucano, e ao esplendor das artes com referências às obras de Shakespeare, Dante Alighieri, Goethe, Homero, Ariano Suassuna, ao ballet flamenco e, até, uma homenagem velada à música do Pink Floyd.
A sabedoria dos loucos e dos bêbados, a arte e a filosofia no realismo fantástico que mostra que nosso sertão é, também, ibérico e andaluz, marca a estreia de Raimundo Menezes, na literatura.
Raimundo que, assim como a descendência dos Mena, cresceu no sertão que é simples e culto, formou-se advogado para atuar na Advocacia Geral da União e me honrou com o privilégio de poder atuar com ele, enquanto Corregedor na OAB de Pernambuco e eu, Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina daquela entidade.
Agora, Raimundo Menezes nos convida a navegar pelos rios Cadágua, Garrone, São Francisco, Pajeú, a transpor as cachoeiras de Paulo Afonso e conhecer a lenda do Riacho do Navio para, como na canção de Luiz Gonzaga, fazer o caminho inverso, que nos transporta da imensidão do mundo para a nossa casa, “saindo lá do mar pro riacho do navio” e se encantar com a sabedoria que somente uma vida imprecisa é capaz de nos dar.
Boa leitura!
Por Catarina Oliveira - Advogada e Professora de Direito Civil
P.S. Um romance realista fantástico que começa no Norte da Espanha, passa por Bordeaux, Lisboa, Madeira, Salvador e vai terminar no Vale do Pajeú, onde as cidades de Floresta, Mirandiba, Belmonte e Serra Talhada se encontram.